Honor: “Os smartphones serão uma das janelas mais importantes para os consumidores experimentarem IA”

A integração de capacidades de IA nos smartphones, além de outros equipamentos, e o desenvolvimento de um ecossistema aberto impulsionado por esta tecnologia fazem parte da estratégia da Honor. Bruce Huang, Country Manager da Honor para Espanha e Portugal, realça as ambições da marca.

Honor

O Magic6 Pro vai chegar a Portugal em março e estreia um novo conjunto de funcionalidades com inteligência artificial, apostando numa estratégia que várias marcas, da Google à Samsung, estão a seguir nos seus smartphones.

Como realçado por George Zhao, CEO da Honor, durante o lançamento internacional do smartphone em antecipação ao Mobile World Congress 2024, a disponibilização de novas experiências num ecossistema aberto suportado por IA, capaz de competir com gigantes como a Apple, é uma das ambições da marca.

Nas palavras de Bruce Huang, Country Manager da Honor para Espanha e Portugal, num encontro com jornalistas portugueses durante o MWC24, se outrora o foco das fabricantes estava no hardware e na melhoria das capacidades físicas dos smartphones, a tendência passou a ser apostar no software, com uma maior atenção na experiência dos utilizadores, à qual se junta agora a integração de capacidades de IA. 

Clique nas imagens para ver o Magic6 Pro da Honor 

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De acordo com o responsável, a Honor passou os últimos três anos a reforçar a área de investigação e desenvolvimento em IA, num investimento de 1,6 mil milhões de dólares.

A sua estratégia é sustentada por dois pilares: o desenvolvimento de capacidades de IA próprias “on device”, onde se incluem o Magic Portal, por exemplo; e a colaboração aberta com outras tecnológicas, como Google, Intel, Microsoft, Nvidia e Qualcomm para levar o ecossistema suportado por IA ainda mais longe.

Como explica Jesus Domingues, gestor de produto e technical lead da Honor Espanha e Portugal, a ideia é oferecer um sistema interoperável e a empresa está também a trabalhar com a segunda geração do modelo Open Source LlaMA da Meta, que está na base das funcionalidades de IA integradas no Magic6 Pro.

A tecnologia de IA está a ser usada por diversas indústrias para diferentes tipos de aplicações. Para as fabricantes de smartphones, como a Honor, o foco está, neste momento, no desenvolvimento de funcionalidades que melhorem a experiência dos utilizadores e que agilizem o seu dia a dia, realça Bruce Huang.

“Os smartphones serão uma das janelas mais importantes para os consumidores experimentarem IA”, afirma Bruce Huang.

À medida que o acesso à tecnologia se torna mais generalizado e que as capacidades se vão tornando mais avançadas, o responsável afirma que será necessário um reforço da segurança e da privacidade para mitigar os riscos associados à tecnologia.

Olhando para o desempenho neste último ano na Europa, visto pela empresa como o seu segundo maior mercado a seguir à China, Bruce Huang afirma que as vendas e envios de equipamentos para as lojas mais do que duplicaram. A expectativa é de manter esse nível de crescimento em 2024. 

Um dos pontos principais da estratégia da Honor na Europa passa pelo I&D, com uma forte aposta no desenvolvimento de equipamentos e soluções mais adaptados às preferências dos consumidores.

No mercado português, as expectativas da marca são também de crescimento e chegar mais perto do Top 3 de fabricantes em Portugal, tanto em quota de mercado como em unidades vendidas, é das principais ambições, explicou Jesus Domingues ao SAPO TEK, à margem do MWC24. 

Reforçar a expansão no retalho também está nos planos e, embora não seja um objetivo a curto prazo, o responsável afirma que até ao fim do ano, a Honor tenciona avançar para a comercialização dos seus produtos em mais um estabelecimento, juntando-se a um conjunto onde já se incluem o El Corte Inglés e a FNAC.

Smartphones, mas também wearables, áudio e tablets, são uma área onde a marca já está a trabalhar em Portugal, mas há espaço para, eventualmente, avançar com mais equipamentos. “Ainda estamos a trabalhar, em termos do objetivo de, pelo menos, até ao fim de 2024, ter um PC com teclado em português. Se não for possível, a ideia é começar o ano que vem com portáteis”, afirma Jesus Domingues.

Recorde-se que além do Magic6 Pro, a Honor levou também as experiências com IA para o mundo dos portáteis com o MagicBook Pro 16 . Apesar de manter, para já, várias especificações e funcionalidades em segredo, a marca afirma que o portátil terá um desempenho impulsionado por esta tecnologia, com CPUs e GPUs de última geração, e opções de conectividade inteligentes para facilitar a ligação entre vários equipamentos. 

O SAPO TEK está a acompanhar todas as novidades do MWC24 e pode seguir todas as notícias no nosso especial.

Veja as imagens na galeria

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Nota de redação: Foi feita uma correção quanto ao investimento da Honor na área de investigação e desenvolvimento em IA.