Apresentado em outubro, o Mate 40 Pro afirma-se como a nova joia da coroa da Huawei, tendo liderado a lista de smartphones mais “poderosos” desse mês, batendo também recordes no ranking de fotografia da DXoMark. Mas será que o smarthphone é fácil de reparar? Os técnicos da iFixit puseram-no à prova e os resultados ficaram aquém das expetativas.

Logo no primeiro passo da desmontagem, os especialistas depararam-se com uma série de “armadilhas”. Depois de grandes quantidades de um forte adesivo que dificultaram a tarefa de abrir a traseira do smartphone, um pequeno cabo escondido perto do botão de energia acabou por ser acidentalmente cortado.

Chegar aos restantes componentes interiores do Mate 40 Pro revelou-se uma tarefa um pouco mais fácil e, após removerem um vasto conjunto de cabos, pequenas placas de circuitos, todas as câmaras fotográficas, a iFixit detalha que a bateria inclui tiras que permitem removê-la sem que seja necessário aplicar calor.

O Mate 40 Pro conta com uma bateria de 4.400 mAh, ligeiramente menor do que a do seu predecessor, o Mate 30 Pro, que dispunha de uma capacidade de 4.500 mAh. A bateria é mais “poderosa” do que, por exemplo, a do novo iPhone 12 Pro Max (2.227 mAh), mesmo assim, não supera a do Samsung Galaxy S20 Ultra (5.000 mAh).

O momento mais complicado foi mesmo a remoção do ecrã. Ao tentar separá-lo cuidadosamente, o vidro do display acabou por se estilhaçar, levando os técnicos a crer que a Huawei optou por um adesivo muito mais forte do que costuma usar em outros smartphones. “Sabíamos que os ecrãs curvados são um pesadelo para remover, mas não estávamos preparados para o quão terrível este foi”, revelam os especialistas.

Huawei Mate 40 Pro | Pontuação de reparabilidade
créditos: iFixit

Em suma, o Mate 40 Pro da Huawei alcançou uma pontuação de 4 em 10 na escala de reparabilidade da iFixit. Embora a maioria dos componentes do smartphone sejam, de facto, modulares, conseguir substituí-los é outra história. Além da vasta quantidade de “armadilhas” com cabos e de forte adesivo, os técnicos indicam que o ecrã não consegue ser retirado sem antes remover a bateria e que é impossível chegar ao leitor de impressões digitais sem antes passar pela remoção do ecrã.