A pandemia de COVID-19 afetou o mercado dos tablets e agora surgem dados sobre os smartphones, que também não escaparam ao novo coronavírus. De acordo com os dados preliminares da consultora IDC, foram distribuídos menos 11,7% de telemóveis em todo o mundo no primeiro trimestre do ano, quando comparado com os primeiros três meses de 2019. Este valor representa a queda mais acentuada de sempre em relação a uma comparação anual. Num período liderado pela Samsung no mercado, a Xiaomi e a Vivo são as únicas empresas que registaram um crescimento em relação ao período homólogo do ano passado.

Mercado dos tablets continua em queda. Apple mantém a liderança mas não escapa à “pandemia”
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No total, foram distribuídos 275,8 milhões de smartphones nos primeiros três meses de ano e, em comunicado, a IDC garante que esta queda "não surpreende". Foi na China, onde inúmeras fábricas foram encerradas ao longo do primeiro trimestre de 2020, que esse declínio foi mais acentuado: 20,3% em relação ao ano passado. "Uma vez que a China constitui quase um quarto das remessas mundiais, teve um enorme impacto no mercado em geral", explica a consultora no comunicado.

Quanto a outras regiões, a Europa assistiu a uma maior queda do que os Estados Unidos, chegando aos 18,3%. Já no país governado por Donald Trump, as empresas colocaram no mercado menos 16,1% de smartphones.

Top 5 das empresas que mais forneceram smartphones

De acordo com a analista sénior responsável pelo Worldwide Mobile Device Tracker da IDC, Nabila Popal, tudo começou efetivamente com um problema do lado da oferta, inicialmente apenas na China. No entanto, transformou-se numa crise mundial, com o impacto da diminuição da procura a surgir no final do trimestre.

"Os consumidores estão cada vez mais cautelosos com os seus gastos em tempos tão incertos e é difícil pensar que as compras de smartphones não serão afetadas", afirma Nabila Popal

Numa altura em que a China se encontra agora numa posição mais favorável, Will Wong, research manager da IDC, explica que a procura no país superou as expectativas no final de março, período em que os novos casos de COVID-19 começaram a diminuir. Apesar das boas notícias, a consultora prevê apenas um crescimento em relação ao período homólogo no quarto trimestre de 2020.

Samsung volta a liderar, mas a Xiaomi e a Vivo são as únicas que crescerem no mercado

Com uma clara vantagem sobre a Huawei e a Apple, foi a Samsung quem mais colocou smartphones no mercado, mas é também a que sofreu a queda mais acentuada. Ao distribuir menos 18,9% de telemóveis em relação aos primeiros três meses de 2019, a empresa sul-coreana colocou no mercado 58,3 milhões de smartphones, retomando assim ao primeiro lugar, já que o top 3 foi liderado pela Apple no quarto trimestre de 2019. De acordo com a consultora, esta posição deve-se principalmente "ao sucesso permanente da série A, apesar do lançamento do Galaxy S20", apresentado em fevereiro deste ano.

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No top 3 estão ainda a Huawei, que distribuiu 49 milhões de smartphones, e a Apple, empresa que registou a menor queda das três. A gigante tecnológica colocou 36,7 milhões de iPhones no mercado, uma diminuição de 0,4%.

A Xiaomi e a Vivo são as que ocupam, respetivamente, o 4º e 5º lugares do top 5, e foram as únicas que verificaram um crescimento. A Xiaomi distribuiu 29,5 milhões de telemóveis e a Vivo 24,8, sendo esta última quem registou um maior aumento em relação aos três primeiros meses do ano passado: 7%.

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