Apesar da “crise dos chips”, o mercado global de smartphones registou no primeiro trimestre deste ano um crescimento de 27% face ao período homólogo em 2020. No que toca ao mercado da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), novos dados da IDC revelam que nos três primeiros meses do ano foram enviados 93,1 milhões de smartphones para as lojas, num crescimento de 20,9% em relação ao mesmo período em 2020.

A consultora detalha que o valor do mercado também cresceu, atingindo a marca dos 31,676 mil milhões de dólares, numa subida de 29% em comparação com o período homólogo. Olhando especificamente para a Europa, o valor alcançou os 23,196 mil milhões de dólares.

De acordo com Marta Pinto, research manager na IDC EMEA, a melhoria em relação ao primeiro trimestre de 2020 era expectável, tendo em conta as restrições iniciais devido à pandemia de COVID-19. No entanto, os dados dos três primeiros meses de 2021 revelam também uma melhoria em comparação com o mesmo período em 2019.

Já Simon Baker, program director na IDC EMEA, destaca que nem a implementação de novas restrições ao movimento em alguns países da região nem a antecipação da escassez de componentes desaceleraram o mercado, com as distribuidoras a darem conta da elevada procura por equipamentos.

Os dados dão a conhecer que a Samsung fechou o primeiro trimestre “em alta” na região EMEA, tendo enviado 30,6 milhões de smartphones e passando a ter uma quota de mercado de 32,8%.

IDC | Análise ao mercado de smartphones na região EMEA | Primeiro trimestre de 2021
créditos: IDC

A Xiaomi, que se afirma como a fabricante que mais cresceu no período em análise (95,8%), enviou 14,4 milhões de smartphones para as lojas, apresentando uma quota de mercado de 15,4%.

Embora ocupe o quarto lugar na tabela de fabricantes que enviaram mais smartphones para as lojas, com 13,3 milhões de unidades, a IDC indica que a Apple ganhou o segundo lugar do “pódio” no que toca ao mercado europeu, impulsionada principalmente pelo sucesso da nova linha de smartphones iPhone 12. Na Europa, a Samsung, a Apple e a Xiaomi representam quase 80% do mercado. Olhando para África e para o Médio Oriente destaca-se a Transsion, fabricante chinesa conhecida pelas marcas Tecno, Infinix e itel.

Embora exista algum nervosismo em relação à possibilidade da crise de componentes essenciais se manifestar em força na indústria de smartphones neste ano, as previsões da IDC apontam para um futuro menos “sombrio” e, tendo em conta o desempenho registado no primeiro trimestre, espera-se que o mercado em questão cresça, em particular, no que toca a vendas.