Depois dos problemas de ecrãs estalados apontados pelas publicações que obtiveram exemplares iniciais para teste, a Samsung decidiu recolher o seu Galaxy Fold e voltar ao estirador para melhorar as suas proteções, adiando sem data definida o seu lançamento. Durante meses a empresa remeteu-se ao silêncio, sem revelar uma data de previsão para o seu relançamento.

A Samsung revelou agora, através de comunicado, o lançamento do dispositivo no final de setembro, embora não tenha adiantado um dia específico.

Decidiu ainda explicar um pouco das melhorias a serem introduzidas no equipamento, referindo que foram feitos testes rigorosos para validar todas as mudanças feitas. Uma das correções centrou-se na polémica proteção que os jornalistas retiraram, a pensar que era uma película do dispositivo. Esta agora foi estendida e colocada atrás das molduras, tornando-a mais visível como parte integral da estrutura do ecrã e que não é para ser removida.

Foram ainda introduzidos reforços adicionais para proteger melhor o dispositivo de partículas externas, sem prejudicar a experiência de dobrar o telemóvel. As dobradiças foram reforçadas com novas capas de proteção. E para garantir um reforço na proteção do ecrã foram introduzidas camadas de metal debaixo da sua superfície. Por fim, o espaço entre as dobradiças e o corpo do Galaxy Fold foi reduzido, aspeto que havia sido alvo de críticas por ser fácil entrar sujidade.

Para além das melhorias físicas no equipamento, a Samsung compromete-se também a continuar a trabalhar para otimizar a experiência do utilizador, seja através da otimização de mais aplicações, como os serviços para as funcionalidades dobráveis do smartphone.

Apesar da data apontada para setembro, a Samsung adianta que o lançamento será realizado em mercados selecionados, numa fase inicial. Rematou para mais próximo da data informações adicionais.

Recentemente, em julho, DJ Koh, um dos três CEOs da Samsung, admitiu ter forçado o lançamento do Galaxy Fold numa altura em que o equipamento ainda não estava pronto. O resultado, como se sabe, foi o adiamento por tempo indeterminado. As versões de teste começaram a partir-se assim que chegaram às mãos dos jornalistas e dos influencers e a medida foi tomada para evitar mais uma crise semelhante à do Note 7. Koh já tinha adiantado que os problemas haviam sido diagnosticados com o modelo e estavam atualmente 2.000 unidades em testes. "Dêem-nos um pouco mais de tempo", pediu o executivo. Em baixo pode ver como a Samsung testa os Fold.

De recordar que todas as pré-reservas do Galaxy Fold seriam canceladas, se a Samsung não lançasse o smartphone na janela inicial prevista, até o fim de maio. "Se não recebermos notícias suas e não tivermos enviado até 31 de maio, o seu pedido será cancelado automaticamente", diz um e-mail que a Samsung enviou aos clientes que efetuaram a pré-encomenda do Galaxy Fold, por um preço a rondar os 2 mil euros.