A Google vai manter uma rédea curta nos programadores e nos escolhidos da iniciativa #ifihadglass. Nos termos de serviço e utilização do Google Glass a tecnológica norte-americana refere explicitamente que a edição de explorador dos smartglasses não pode ser vendida nem sequer emprestada a outras pessoas. Por outras palavras, o equipamento é intransmissível.

Caso a Google detete que houve uma quebra dos termos acordados reserva-se ao direito de bloquear o dispositivo. Quando isto acontece, a empresa de Mountain View pode ainda cancelar qualquer tipo de apoio que seja necessário para resolver questões e problemas que possam surgir no gadget.

Mas parecem existir exceções em que os óculos podem trocar de dono. Sem referir nenhuma situação em particular, nos termos do serviço a gigante dos motores de busca refere que o Glass é intransmissível "sem uma autorização prévia da Google", o que deixa entender que em casos específicos e aprovados pela empresa possa haver uma doação do equipamento.

Numa altura em que os Google Glass são dispositivos tão limitados em número de utilizadores e mercados disponíveis - apenas existem nos EUA -, há uma grande oportunidade de negócio hipotética relativa à venda do equipamento para outras partes do mundo onde certamente existem interessados em gastar milhares de euros pelos óculos do futuro.

A não-monetização do Project Glass alarga-se ainda a outras áreas, como o facto de os programadores não poderem vender as aplicações nem colocar publicidade nas mesmas.

Esta semana tem sido de grande relevo para os Google Glass ao terem sido expedidos os primeiros modelos, ao terem sido reveladas as especificações técnicas do dispositivo e ao ter sido disponibilizada a Mirror API.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico