Centro de inovação e investigação por excelência, a Estação Espacial Internacional (ISS) abriga várias experiências, muitas delas robóticas. E com objetivos muito precisos: otimizar e auxiliar em determinadas tarefas para poupar tempo aos astronautas.

Um dos projetos leva o nome de JEM Internal Ball Camera. Lançada em 2018 pela Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA), esta câmara panorâmica, controlada remotamente, flutua livre pela estação, com a capacidade de captar autonomamente vídeos e fotos de atividades de pesquisa, libertando tempo à tripulação dedicada a esse tipo de tarefas.

Ao mesmo tempo, a ISS também abriga três robots em movimento, conhecidos como Astrobees, que apoiam demonstrações de tecnologia para várias formas de assistência robótica em missões de exploração espacial e na Terra.

Uma outra investigação em curso é a SoundSee Mission que usa um Astrobee para monitorizar os equipamentos duma nave espacial através do áudio, detetando potenciais falhas nos sons emitidos por sistemas de suporte de vida, equipamentos de exercício e outras infraestruturas.

O projeto Astrobatics também usa os Astrobee, mas neste caso a pensar no regresso à Lua ou na futura exploração de Marte, com regolito espesso e terrenos acidentados pelo meio. Os testes envolvem propulsão, mais precisamente porem os robots a saltar ou a realizarem manobras de “autolançamento”, para ampliarem as suas capacidades.

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Tal como o nome indica, a experiência Gecko-Inspired Adhesive Grasping inspira-se nas capacidades de aderências da família dos geckos - da qual faz parte a osga comum -, permitindo que robots se fixem rapidamente em superfícies lisas ou mesmo em objetos em movimento ou a girar.

Já o foco da ROAM é a gestão de detritos espaciais, recorrendo aos Astrobees para observar o movimento de alvos em rotação e planear abordagens seguras, contribuindo para a segurança no espaço.

Outros já passaram pela ISS, como o projeto SPHERES, cuja configuração pelos astronautas Steve Swanson e Alex Gerst a NASA mostra num vídeo timelapse.

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Esses avanços em tecnologia robótica não se limitam apenas ao espaço. A ISS serve como um campo de testes para tecnologias que podem ser aplicadas em ambientes adversos na Terra, tornando a robótica uma aliada valiosa em situações perigosas.