
O Telescópio Espacial James Webb voltou a surpreender a comunidade científica ao oferecer uma visão detalhada da interação entre duas galáxias conhecidas coletivamente como Arp 107. A intrigante colisão entre uma galáxia espiral e uma elíptica, situada a 465 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Leo Minor, revela um fenómeno visual curioso: um “sorriso” cósmico.
Embora Arp 107 já tenha sido observada anteriormente, em 2005, pelo Telescópio Espacial Spitzer, as novas imagens captadas pelo James Webb oferecem uma visão inédita e em alta resolução desse encontro galáctico.
Combinando dados dos instrumentos NIRCam (Câmara de Infravermelho Próximo) e MIRI (Instrumento de Infravermelho Médio), a imagem composta revela detalhes nunca antes vistos sobre a formação de estrelas e os efeitos da colisão entre as duas galáxias.
A galáxia espiral, maior e localizada à direita, exibe um núcleo brilhante cercado por um anel de filamentos gasosos em tons vermelhos e laranja, em que alguns deles são atraídos para o centro. Por sua vez, a sua "parceira", a galáxia elíptica menor, é formada por uma nuvem difusa de gás e poeira. Juntas, apresentam uma ponte de estrelas e gás, visível graças à NIRCam, que foi criada quando se aproximaram durante a colisão.
Além dos detalhes estruturais, o MIRI destaca regiões de formação estelar e a presença de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos - moléculas orgânicas comuns em galáxias em colisão. Outro ponto fascinante é o núcleo ativo da galáxia espiral, que abriga um buraco negro supermassivo.
Clique na galeria para ver estas e outras imagens já registadas pelo James Webb
Classificada como uma galáxia Seyfert, a espiral de Arp 107 pertence a um dos maiores grupos de galáxias ativas, sendo um alvo ideal para estudar fenómenos semelhantes aos de quasares, mas em baixa energia.
Veja o vídeo de explicação sobre o coletivo e galáxias Arp 107
O impacto que formou Arp 107 ocorreu há centenas de milhões de anos, e James Webb captou o par galáctico em pleno processo de fusão, que levará outros milhões de anos para se completar. Até lá, os astrónomos vão continuar a observar a evolução desse "sorriso cósmico", que com o tempo dará lugar a novas e surpreendentes configurações galácticas, sublinha a NASA.
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