Cada vez mais, as gigantes tecnológicas procuram apostar em estratégias mais amigas do ambiente e a Apple tem vindo a destacar-se, sendo já várias vezes considerada a tecnológica mais “verde” do mundo. Desta vez, a empresa da maçã anunciou que quer alcançar a "neutralidade carbónica" em todo o negócio, na cadeia de abastecimento e no ciclo de vida dos produtos até 2030 e revelou o seu plano para alcançar esta missão.

A empresa da maçã já é neutra em carbono no que diz às operações corporativas a nível global desde este ano. No entanto, este novo compromisso significa que até 2030 todos os equipamentos vendidos da Apple terão um impacto climático líquido nulo.

Veja na fotogaleria algumas das iniciativas "verdes" da Apple.

O roteiro da Apple relativo à redução das emissões daqui a 10 anos integra várias apostas, das quais destacamos algumas:

Design dos produtos com um "baixo teor de carbono": A Apple garante que vai continuar a aumentar a utilização de materiais com baixos níveis dLe carbono e reciclados nos equipamentos. Para isso, vai procurar inovar na reciclagem e projetar produtos para que sejam o mais eficientes possível em termos de energia.

Neste contexto, a Apple dá a conhecer a mais recente inovação no campo da reciclagem: um robot a que a empresa dá o nome de "Dave" e que desmonta o motor de vibração do iPhone, apelidado de Taptic Engine, para recuperar de uma melhor forma materiais importantes. Para além disso permite também a recuperação de aço. Esta novidade segue-se à Daisy, o robot lançado em 2018 capaz de desmontar o iPhone.

Veja o vídeo do novo robot da Apple.

Nesta caminhada para uma neutralidade mais ampla, de notar também que todos os iPhone, iPad, Mac e Apple Watch que a empresa da maçã lançou em 2019 são feitos com peças recicladas. Isto inclui componentes de materiais de terras raras reciclados a 100% usados no motor de vibração do iPhone, aquele que a Apple diz o primeiro caso em qualquer smartphone.

Em 2019 a Apple garante ter reduzida a sua pegada de carbono em 4,3 milhões de toneladas, através de inovações no que toca ao design e nos materiais reciclados nos equipamentos. Já nos últimos 11 anos a gigante tecnológica reduziu a energia média necessária para a utilização dos equipamentos em 73%.

Expansão da eficiência energética: A Apple vai identificar novas formas de reduzir a utilização de energia nas suas instalações empresariais e vai ajudar a sua cadeia de abastecimento a fazer a mesma transição.

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Uma das questões importantes neste aspeto está relacionada com uma nova parceria da Apple. O fundo verde dos Estados Unidos e da China vai investir 100 milhões de dólares em projetos que promovam a aceleração da eficiência energética para os fornecedores da empresa da maçã.

Quanto a números, o número de instalações que participam no programa de eficiência energética dos fornecedores da Apple aumentou para 92 em 2019. O ano passado a Apple investiu em atualizações de eficiência energética em mais de 1.950,720 metros quadrados de edifícios novos e já existentes. Desta forma conseguiu poupar 27 milhões de dólares.

Energias renováveis: A Apple vai permanecer com energia renovável a 100% nas suas operações, focando-se na criação de novos projetos e na mudança de toda a sua cadeia de abastecimento na área da energia clean.

A Apple conta já com parcerias com mais de 70 fornecedores. O objetivo é que recorram totalmente a 100% energia renovável na produção de equipamentos da empresa tecnológica. Também no âmbito das energias renováveis, a Apple está a lançar um dos maiores painéis solares da Escandinávia, além de dois novos projetos que fornecem energia a comunidades vulneráveis nas Filipinas e na Tailândia.

Inovações nos processos e materiais: a Apple pretende “combater” as emissões através de melhorias a nível tecnológico dos processos e dos materiais necessários para os equipamentos da marca.

A Apple está a apoiar o desenvolvimento daquele que diz ser o primeiro processo direto de fundição de alumínio sem carbono através de investimentos e da colaboração com dois dos seus fornecedores de alumínio. O primeiro lote desse alumínio de baixo carbono está a ser usado atualmente na produção e deverá ser utilizado no MacBook Pro de 16 polegadas, anunciado no final de 2019.

Através de parcerias com fornecedores, a Apple reduziu as emissões de gases fluorados em mais de 242.000 toneladas em 2019. Estes gases provêm do fabrico de alguns componentes eletrónicos de consumo e podem contribuir para o aquecimento global.

Remoção de carbono: a Apple está a investir em florestas e outras soluções com uma aposta na Natureza em todo o mundo para remover o carbono da atmosfera.

A empresa anunciou, neste contexto, um fundo de soluções de carbono. Como objetivo, a gigante tecnológica pretende investir na restauração e proteção de florestas e ecossistemas naturais a nível global.

Apple quer ajudar a construir um futuro mais sustentável e que outras empresas se juntem nesta missão

Em comunicado, Tim Cook garante que as empresas têm a "oportunidade de ajudarem a construir um futuro mais sustentável, fruto da preocupação comum com o planeta no qual todos vivemos". E, com este novo compromisso da Apple, o CEO da gigante tecnológica espera que a Apple possa levar "a uma mudança muito maior" por parte de outras organizações.