As anteriores imagens de satélite demonstram os elevados estragos causados pelos terramotos na Turquia e Síria. Os especialistas apontam este como um dos piores terramotos no último século, que já matou dezenas de milhares de pessoas e muitas outras ficaram gravemente feridas. As forças de emergência continuam os trabalhos de resgate, procurando salvar vidas e os satélites têm sido uma ferramenta preciosa, sempre ligados às operações no terreno.
Como explica a ESA, os cientistas começaram a analisar os movimentos das placas do terreno, listando os riscos que as autoridades podem utilizar não apenas para recuperação, mas na futura reconstrução das cidades. E a investigação a longo termo vai permitir desenvolver estruturas que resistam a estes eventos catastróficos.
Veja na galeria como as imagens de satélite estão a ajudar as forças de socorro na Turquia e Síria:
De recordar que terramoto inicial teve origem numa falha 18 quilómetros abaixo da superfície, criando um abalo violento que afetou áreas de centenas de quilómetros do seu epicentro. E depois do primeiro terramoto, houve uma réplica cerca de 9 horas depois, com uma magnitude de 7.5 na escala de Richter. A última contagem foi de 33 mil vítimas mortais, com o número a continuar a subir à medida que as forças de salvamento continuam a revirar os escombros à procura de sobreviventes.
A ESA explica que ao combinar os dados das observações da Terra de diferentes agências espaciais, é possível criar uma grelha (Charter) com as zonas afetadas, definindo dessa forma a extensão do desastre, suportando as equipas no terreno nos seus esforços de salvamento. As imagens mostram mais de 350 imagens deste caso crítico, entregues por 17 agências espalhadas pelo mundo. A partir destas criam-se mapas de situação e dos danos causados, ajudando a estimar o impacto do perigo nas diferentes zonas.
Os mapas criados com as imagens de satélite tornam-se vitais para ajudar as forças de intervenção a orientarem-se pelos destroços, identificar as estradas que podem usar ou quais as pontes a evitar por risco de colapso. Além disso, ajudam a identificar os edifícios destruídos em áreas remotas, mais difíceis de fazer chegar ajuda.
O satélite de mapeamento de emergência do Copernicus (CEMS) foi também ativado para ajudar nos esforços de salvamento. Neste caso, a ESA diz que os mapas dos estragos mostram a extensão geográfica das áreas danificadas, com imagens óticas de alta resolução, cobrindo uma área de 664 quilómetros quadrados. Mas afirma que a missão foi desafiante devido à cobertura das nuvens na região, durante horas e dias depois da ativação do satélite.
Mas o Copernicus Sentinel-1 tem um instrumento de radar que pode analisar o terreno e “ver” através das nuvens, seja de dia ou de noite. Os cientistas utilizam uma técnica chamada “interferometry” que compara os dados antes e depois do terremoto ocorrer, verificando dessa forma as mudanças no terreno. Este mapa com padrões coloridos ajudam os especialistas a quantificar o deslocamento do terreno. Neste caso, foram utilizadas imagens do dia 28 de janeiro e do dia 9 de fevereiro, mostrando a grande deformação entre as regiões de Maras e Antakya, na Turquia.
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