A capacidade de sobrevivência é a ideia chave do treino a que a NASA submete os astronautas, mas também do processo de seleção que identifica quem são os mais capazes para as próximas missões.

O primeiro grupo de astronautas foi escolhido em 1959 e entre os 500 candidatos que reuniam as especificações base - militares com treino em voo de jatos e engenharia e uma altura abaixo de 1,80 metros - foram selecionados 7 que se tornaram os primeiros astronautas.

No segundo e terceiro grupos já se incluíram civis que foram sujeitos a treino intenso de voo, mas os requisitos e o próprio treino académico e científico foram evoluindo à medida que as exigências e a tecnologia mudaram.

Atualmente a NASA tem 50 astronautas no ativo a que se somam mais 35 no programa espacial, mas está permanentemente em recrutamento de novos candidatos, que têm de passar por um processo de seleção exigente.

Para se tornarem astronautas os candidatos passam anos de treino rigoroso a nível técnico, de saúde e segurança, que depois aplicarão em missões de 4 a 6 meses, ou de um ano como acontece com dois dos atuais ocupantes da Estação Espacial Internacional.

Os projetos de levar humanos em missões de exploração mais longa, como a que está prevista para Marte, faz com que estejam também a ser revistos os métodos de treino para preparar os astronautas em missões mais longas e onde a ausência de comunicações com a Terra pode exigir outras capacidades.

Durante o programa do Space Shuttle os astronautas treinavam durante 5 a 8 anos para missões de 10 a 14 dias e onde todas as tarefas estavam devidamente previstas e alinhadas, mas o cenário agora é bem diferente.

A investigação que tem sido realizada aos astronautas que já estiveram em missões no espaço mostra que a permanência no espaço tem efeitos adversos, pela ausência de gravidade, a exposição a radiações e o confinamento num espaço pequeno.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico