No final do ano passado, durante a Expedition 364 Chicxulub, foram encontradas evidências de que o nível do mar era mais baixo do que o atual na última Era do Gelo e agora os cientistas que que continuam a explorar a cratera debaixo da Península de Iucatã, no México têm mais descobertas para partilhar.
Desta vez são indícios de que as rochas de Chicxulub alojaram um grande sistema hidrotermal, com fluidos de altas temperaturas a correrem através de rachas e fissuras.
Este sistema hidrotermal subterrâneo deverá ter permanecido ativo por dois milhões de anos ou mais, acreditam os cientistas.
A descoberta leva a toda uma teoria que aponta para que, inicialmente, o sistema fosse demasiado quente até para os micro-organismos mais tolerantes ao calor. No entanto, com o passar do tempo, os "anéis de pico", formações típicas de grandes crateras de impacto, criadas pela elevação do solo após as colisões, teriam arrefecido, permitindo, assim, que pequenas formas de vida se alimentassem das substâncias químicas dissolvidas nos fluidos quentes, refere a BBC News, citando Sonia Tikoo, uma especialista em paleomagnetismo.
O projeto para perfurar a Cratera de Chicxulub foi realizado pelo ECORD - European Consortium for Ocean Research Drilling, como parte do Programa Internacional de Descoberta do Oceano Internacionais (IODP) “Exploring the Earth under the sea”.
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