Dezembro é um mês “em cheio” para os entusiastas da observação astronómica, com destaque para a passagem do cometa Leonard e de duas chuvas de meteoros, se bem que, neste caso, em Portugal, apenas existam condições para poder observar a das Úrsidas.

Tal como deu a conhecer a NASA, o recém-descoberto cometa Leonard fez uma passagem perto da Terra no 12 de dezembro. Embora a sua visibilidade e luminosidade fosse algo notoriamente difícil de prever, foram vários os fãs de fotografia que conseguiram captar a passagem do cometa ao longo dos últimos dias.

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De acordo com a agência espacial norte-americana, a partir de 14 de dezembro, a observação deste cometa passa a ser um evento noturno, ocorrendo pouco depois do pôr do Sol. O cometa alcançará o seu ponto mais próximo do Sol a 3 de janeiro do próximo ano, afastando-se depois do astro-rei e continuando o seu percurso para fora do Sistema Solar.

Para lá do cometa Leonard, a chuva de meteoros das Gemínidas ocorre também neste mês. O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) explica que, neste mês, a Terra cruza também a órbita do asteroide Faetone. Os “detritos” deixados pelo astroide são responsáveis pela chuva de “estrelas” das Gemínidas, que ocorre todos os anos entre os dias 4 e 20 de dezembro.

O pico deste fenómeno ocorreu hoje, pelas 07 horas, e, embora em Portugal não tenham existido muito boas condições de observação para a chuva de meteoros das Gemínidas, no estrangeiro, houve quem aproveitou para captar o momento. Note que também poderá acompanhá-lo virtualmente através do Facebook da NASA Meteor Watch.

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Recorde-se que a chuva de meteoros das Úrsidas, causada pelos “detritos” do cometa Tuttle, decorrerá entre os dias 17 e 26 de dezembro. Segundo o OAL, o pico de intensidade máxima da chuva de meteoros das Úrsidas ocorre a 22 de dezembro.

OAL | Informação sobre as chuvas de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas
OAL | Informação sobre as chuvas de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas créditos: OAL

Os especialistas indicam que número de estrelas cadentes observado não é muito elevado, apenas de 10 meteoros por hora. Mesmo assim, os entusiastas poderão dedicar-se a observar este fenómeno, procurando um horizonte desimpedido, longe da poluição luminosa das grandes cidades, e evitando noites nubladas.