Uma equipa de investigadores da Beihang University, na China, desenvolveu um novo tipo de drone subaquático que é capaz de transitar para um modo de voo em menos de um segundo. A criação conta ainda com componentes adicionais inspirados pela Natureza e que o ajudam a levar a cabo tarefas quando está submerso.
Os cientistas, que publicaram as suas conclusões num novo artigo na revista científica Science Robotics, explicam que o drone é à prova de água, incluindo conjunto de propulsores concebidos para facilitarem a transição entre o modo subaquático e o modo de voo.
Quando o drone está submerso os propulsores operam a uma velocidade mais lenta, permitindo que o equipamento seja controlado remotamente por um piloto de modo mais eficiente.
À medida que emerge da água, os propulsores estendem-se automaticamente, com o processo de transição entre modos a durar apenas um terço de um segundo. De acordo com os cientistas, o drone foi capaz de realizar este mesmo processo durante sete vezes consecutivas, demorando perto de 20 segundos.
Para otimizar o seu desempenho em contexto subaquático, o drone inclui um componente inspirado pela rémora. Este tipo de peixe consegue fixar-se temporariamente a outros animais marinhos, ou até barcos, e andar à “boleia” pelo mar através de uma ventosa no topo da sua cabeça.
De modo semelhante, o drone tem uma versão artificial da ventosa da rémora, impressa em 3D, que lhe permite fixar-se a uma variedade de superfícies e poupar energia enquanto anda à “boleia”. Os investigadores afirmam que o equipamento também será capaz de realizar a mesma “proeza” quando voa, embora existam muitos mais desafios.
Ainda no mundo dos drones, recorde-se que, recentemente, investigadores da Zhejiang University, na China, conseguiram pôr um conjunto de 10 drones autónomos a navegar com sucesso por uma densa floresta de bambu sem andarem aos “encontrões”.
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A frota de drones autónomos poderá ser utilizada em casos de desastres naturais para verificar a extensão dos estragos, detetar onde é que estão os sobreviventes, e ainda participar em operações de transporte. No entanto, as frotas de drones podem ser comandados para seguir pessoas, ou outros tipos de alvos em movimento, o que pode levantar questões acerca dos usos militares dos equipamentos.
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