A vila de Grindavik, na Islândia, localizada a 40 quilómetros da capital do país Reykjavik, tem sofrido a força destruidora do vulcão que entrou em erupção por duas vezes, em menos de um mês (e pela quinta vez desde 2021). São fontes que esguicham em tons laranja muito vivos e os rios de lava que derretem tudo o que aparece à frente. As imagens captadas por drones mostram a força da lava, destruindo casas e estradas pela sua passagem.

Segundo avança a Reuters, apesar de impressionante, esta segunda erupção parece menos ativa no mais recente registo desta segunda-feira, embora haja indicações de que o magma continua a fluir no subsolo. No domingo, a lava alcançou os limiares de Grindavik, queimando três casas. Os cerca de 4.000 cidadãos das áreas mais críticas da vila já haviam sido evacuados em novembro, não existindo perigo para os mesmos.

Veja na galeria imagens da erupção do vulcão na Islândia:

Apesar da redução da atividade, os vulcanologistas ainda não têm a certeza se será o fim desta erupção. As medições de GPS continuam a mostrar movimentos geológicos e que o magma está a fluir num corredor no subsolo por baixo da vila de Grindavik.

A barreiras defensivas construídas a norte de Grindavik ajudaram a direcionar a lava para o oeste, afastando-a da vila. Mas ainda assim, esta chegou um pouco mais a sul do que as autoridades da proteção civil desejariam.

Segundo o Iceland Met Office, ainda é difícil estimar por quanto tempo a erupção vai durar. Ainda assim, a atividade sísmica diminuiu e as medições de GPS indicam que o grau de deformação da área foi reduzido. Mas a sul ainda está a ser detetada deformação no terreno. As medições indicam que houve um deslocamento de 1,4 metros em 24 horas, no dia 14 de janeiro, distribuído por várias fissuras nos arredores da vila. Além de terem sido abertas novas fissuras, as que existiam expandiram-se. E esperam-se novas fendas para os próximos dias.

Os satélites e drones têm vindo a registar a evolução de desastres naturais com imagens impressionantes da violência de terramotos, tempestades e vulcões. Em 2023 também a erupção do Monte Etna, em Itália, tinha captado o interesse, com a projeção de fumo e cinzas a atingir 700 metros de altura.

As áreas de Catania e Ceraeusa foram as mais afetadas pela erupção do Monte Etna