As marcas da destruição num território que já era pobre e com edifícios instáveis são evidentes nas fotografias de satélite que continuam a ser partilhadas e que revelam o impacto dos ataques, mas também a entrada das forças israelitas em Gaza e a fuga da população palestiniana a 17 de novembro.
Hoje começa um período de quatro dias de tréguas negociadas entre Israel e e o grupo islamita palestiniano Hamas que deverá permitir a entrada de camiões com ajuda humanitária e a libertação de reféns capturados pelo Hamas a 7 de outubro, quando o grupo islamita atacou Israel.
As imagens que têm sido partilhadas pela Maxar e a Planet Labs, e analisadas por vários meios de informação, permitem ver as mudanças no território nas últimas semanas.
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As fotografias de 17 de novembro, com o êxodo da população palestiniana na estrada Salah al Deen, em direção ao sul de Gaza, depois de ter sido aberto o corredor de evacuação, são as mais recentes disponibilizadas pela Maxar e não há ainda detalhes dos ataques dos últimos dias, que terão sido intensificados em áreas que incluem hospitais e escolas.
A divulgação de imagens por satélites comerciais, que em outubro mostraram a movimentação de tropas israelitas, tem sido polémica. A Maxar e a Planet Labs têm garantido acesso a meios de comunicação de fotografias, dias depois de serem captadas, embora exista informação de que algumas estão a ser restringidas ou até limitadas no alcance. A lei dos Estados Unidos limita o acesso a imagens de satélite em zonas sensíveis e áreas militares, e durante décadas limitou o acesso a imagens de Israel.
O período de tréguas que hoje teve início deverá permitir a entrada de 200 camiões de ajuda humanitária por dia em Gaza, com ajuda alimentar, medicamentos e água. É a primeira vez desde o início da guerra que Israel permite a entrada de camiões humanitários, uma decisão que tem sido criticada pela ONU e diversos países.
A televisão egípcia divulgou hoje imagens de camiões a aguardar no posto fronteiriço de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito e é a única via de acesso ao território governado pelo grupo Hamas não controlada por Israel.
O acordo de trégua que prevê também a libertação de 50 reféns em troca da libertação de prisioneiros palestinianos.
As agências noticiosas dizem que, na última noite, poucas horas antes da entrada em vigor do acordo, Israel continuou a atacar a Faixa de Gaza e o Hamas lançou mísseis contra dois colonatos israelitas situados perto do enclave palestiniano.
O live tracker da Al Jazeera indica que desde o início do conflito já morreram em Gaza 14.854 pessoas, incluindo 6.150 crianças e 4.000 mulheres, sendo contabilizados também pelo menos 36 mil feridos. Em Israel a mesma fonte conta 1.200 mortos e pelo menos 5.600 feridos
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