Mas o que tem de especial o Hector que outros robots não têm? O segredo não está na forma como se desloca, está antes nos elementos que permitem a deslocação. O robot desenvolvido por vários grupos de investigadores da Universidade de Bielefed, na Alemanha, tem 18 articulações elásticas que permitem a adaptação a qualquer terreno.



E o desafio é exatamente este: saber adaptar os diferentes membros aos diferentes obstáculos e saber adaptar os membros também às quedas. E estes resultados são importantes pois o Hector vai ajudar os investigadores a perceberem com mais detalhe como funciona o movimento de vários animais.



“A maneira como a elasticidade funciona no Hector é comparável à maneira como os músculos reagem em sistemas biológicos”, comenta em comunicado um dos elementos que está a liderar a investigação, Axel Schneider.



Fica um vídeo (em alemão) de demonstração do Hector e de alguns passos dados durante o desenvolvimento do projeto.





Depois também o sistema “nervoso” informático pode ser importante na aplicações noutras tecnologias: o robot precisa de saber coordenar os diferentes membros para evitar situações de desiquilibrio, pelo que cada membro acaba por ter a sua autonomia.



O Hector está ainda equipado com vários sensores, como câmaras fotográficas, que permitem fazer um reconhecimento do trajeto em tempo real. No futuro serão adicionados mais sensores ao robot, numa primeira fase nos membros dianteiros, para que a deslocação seja mais fluída e inteligente.



O projeto recebeu um financiamento de 740 milhões de euros que vão servir para continuar a desenvolver este e sub-projetos até 2017.


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