Para preparar o futuro do mundo dos videojogos, a edição de 2019 daquele que é considerado por muitos como o maior evento de gaming em Portugal reforçou a sua oferta formativa. Além das habituais visitas de estudo, as quais enchem a FIL de jovens em busca de conhecimento e diversão, este conta também com algumas novidades.
O serviço educativo tem vindo a ser uma das grandes apostas da organização do Lisboa Games Week e, ao longo das últimas cinco edições, o evento tem vindo a desenvolver várias iniciativas na área da aprendizagem, as quais mobilizaram mais de 43.000 alunos e professores de todo o país. A sexta edição promete não ser uma exceção à regra e com o alargar do serviço aos alunos do primeiro ciclo do ensino básico, são esperados ao todo 18.000 estudantes. Logo no primeiro dia, a organização afirma que já conseguiu chegar a metade desse número, atingindo a marca dos 9.000.
Durante os dias 21 e 22 de novembro, o evento vai mobilizar uma série de atividades formativas nos diversos espaços da FIL, que têm em vista não só despertar o interesse dos estudantes para as áreas educativas presentes na produção de videojogos, mas também apresentar novas oportunidades para quem está interessado numa futura carreira na área. No entanto, os estudantes não são o único público-alvo do serviço educativo do evento. Uma das grandes novidades é a realização do seminário “Práticas relevantes de gamificação no ensino”, uma ação de curta duração certificada pela Direção-Geral da Educação, para docentes.
Do auditório para os pavilhões, há sempre lugar para aprender
O Auditório LGW é um dos palcos por excelência da oferta do evento na área da educação, contando não só com palestras informativas, mas também com atividades práticas, à semelhança das que são desenvolvidas pela Happy Code. A escola de programação para jovens tem preparadas aulas direcionadas para estudantes desde o 2º ciclo do ensino básico ao secundário, sendo que muitas delas têm já a sua lotação esgotada, indicou João Luís Sousa, ao SAPO TEK.
De acordo com aquele que é um dos responsáveis da Happy Code em Portugal, a participação da escola no evento tem vindo a crescer de ano para ano. “Em 2017, começamos por ocupar algumas sessões de formação e a adesão foi tanta que no ano seguinte passamos para o auditório, onde tivemos «casa cheia», com quase 300 pessoas”.
De entre as atividades que a escola tem preparadas para o primeiro dia no evento, estão em destaque uma aula onde os estudantes de secundário terão de desenvolver um “Flappy Bird” em apenas uma hora, utilizando o software Unity, assim como uma sessão onde os alunos do 2º ciclo do básico vão fazer um jogo de computador onde vão salvar a terra dos extraterrestres. Já o 3º ciclo poderá aprender a desenvolver uma aplicação para telemóvel e no final, até podem levá-la para casa.
Do auditório para os pavilhões da FIL é possível encontrar as sessões de formação da Sharkcoders. Na sua estreia no Lisboa Games Week, a escola de programação, jogos e robótica quer continuar o seu objetivo de “desmistificar” estas áreas, indicou Andreas Vilela, o seu fundador, ao SAPO TEK.
A RoboParty quer também ajudar os estudantes a dar os seus primeiros passos no mundo da robótica e, para tal, está a dinamizar no evento uma competição de autómatos. “As equipas vão receber um robot por partes e vão ter que o construir e montar todos os componentes para ele ficar autónomo. Depois vão ter de programar esse robot para as várias provas que vão ter”, elucidou Sandra Batalha, que estava a acompanhar duas equipas de uma escola secundária, ao SAPO TEK.
Na sua primeira vez no Lisboa Games Week, Gabriel, Leonardo e Diogo fazem parte de uma das equipas do secundário que vai participar nas provas da Robotparty. Enquanto montavam todo o equipamento necessário, o grupo indicou ao SAPO TEK que embora se sinta um pouco ansioso, em especial no que toca a tudo o que pode correr menos bem na competição, há muito entusiasmo em relação àquilo que o futuro reserva.
Já no ensino superior, a Universidade Lusófona, considerada uma “veterana” no evento, é uma das instituições que tem um expositor dedicado à sua oferta formativa. “Nós vamos estar a mostrar os jogos que os alunos desenvolvem durante o curso, sendo que os próprios vêm ao expositor, para que estes fiquem a saber como é a experiência de participar num evento, de estar cara-a-cara com os futuros jogadores e recolher feedback para tentar melhorar as experiências que estão a desenvolver”, afirmou Wilson Almeida.
No que toca à oferta informativa, a banca dispõe também de vários folhetos e boletins acerca dos seus cursos orientados para o mundo do gaming, sendo que para o responsável, "o facto de estarem aqui os estudantes faz com que o contacto com os futuros alunos seja mais genuíno”.
Alguns dos jogos em exposição na banca da Universidade Lusófona são de alunos que já “ganharam asas” e chegaram a competições à semelhança do Indie X e do PlayStation Talents. De entre os títulos em destaque é possível encontrar Prism Seekers, Heróis do Mar e Kiki & Bobo, os quais estiveram a dar a conhecer ao mundo os seus projetos no Moche XL Games World. “É esse o objetivo: nós incentivamos imenso a participação neste tipo de eventos e é ótimo vê-los a ser reconhecidos por pessoas fora da universidade (...) e os resultados estão à vista”.
Nota de redação: A noticia foi atualizada com uma correção (última atualização às 11h34)
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Indiana Jones regressa de chicote para nova aventura em videojogo. Qual é o enigma do grande círculo? -
App do dia
Google Maps torna-se guia local e indica "pérolas" escondidas nas suas viagens -
Site do dia
GOG tem novo programa de preservação de videojogos -
How to TEK
Saiba como definir o tempo limite que as crianças podem jogar Fortnite
Comentários