As semelhanças com o planeta Terra são mais que muitas: existem dois polos com gelo, nuvens na atmosfera, estações sazonais, vulcões, montanhas, entre outros aspetos que despertam parte do interesse no planeta vermelho. Apesar de tudo isso, as condições ambientais do planeta são extremamente diferentes e nem sempre a NASA soube como devia proceder.

Já são mais de 20 anos de explorações que começaram com muito pouco e quase sem conhecimentos sobre a matéria. Atualmente considera-se (quase com certeza) a hipótese de já ter havido vida em Marte e, para o futuro, os planos são de grandes avanços.

Viking

O projeto Viking foi a primeira missão dos Estados Unidos a ter sucesso a aterrar uma nave, em segurança, no planeta Marte e que conseguiu trazer imagens da superfície para a Terra. Foram construídas duas naves idênticas, cada uma consistia numa plataforma de aterragem e numa outra parte capaz de orbitar. Ambas conseguiram chegar à superfície do planeta.

tek viking marte

Estas naves foram responsáveis por recolher fotografias e outros dados sobre o local e conduziram a três experiências biológicas com o objetivo de encontrar possíveis sinais de vida.

Pathfinder Rover

Em 1997 os cientistas colocaram o Pathfinder, com sucesso, no solo de Marte, tornando-se assim o primeiro robot capaz de se deslocar a aterrar naquele planeta.

pathfinder

Este robot utilizava uma método de aterragem diferente do que era habitual, recorrendo a um para-quedas e a um sistema grande de airbags que tratavam de apaziguar o impacto do robot no chão.

pathfinder tek

Este robot foi bem sucedido na sua missão e foi ainda capaz de trazer para Terra uma grande quantidade de informação e amostrar que, até à data, ainda não tinha sido possível alcançar. Foi o começo daquilo que, hoje em dia, parece ser o mais tradicional método de se deslocar num outro planeta.

Spirit e Oportunity

Já nos anos 2000, mais propriamente em 2004, dois irmãos robóticos foram fazer uma viagem de família ao planeta vermelho. Foram para o mesmo planeta mas para lados opostos isto porque, tanto o Spirit como o Opportunity, eram dois robots com muito mais capacidades de locomoção que o anterior Pathfinder.

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Os dois percorreram vários quilómetros à superfície do planeta para recolherem dados referentes à geologia do planeta e à sua atmosfera. Graças aos instrumentos que os equipavam, os dois conseguiram recolher provas de zonas de Marte que se encontravam mais húmidas e de que seria possível, um dia, este ser um local 100% habitável.

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A missão devia durar apenas 90 dias mas acabou por ultrapassar esse limite por uma grande margem. O Spirit durou 20 vezes mais tempo do que era esperado, tendo efetuado a sua última comunicação com Terra a 22 de março de 2010. O Opportunity continua operacional em Marte.

Orbita de reconhecimento de Marte

Esta órbita de reconhecimento foi enviada para Marte em 2005 para tentar encontrar provas de que já existiram vestígios de água na superfície do planeta Marte. Apesar das provas das anteriores missões que davam a entender que, de facto, existiu água no planeta, continua a ser um mistério para os cientistas e algo que não se conseguiu provar, muito menos se existiu água por tempo suficiente para proporcionar a existência de seres vivos.

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Em conjunto com os rover, esta órbita vai servir maioritariamente para recolher dados e imagens de possíveis futuras aterragens no planeta.

Curiosity

O robot Curiosity mostra-se muito mais avançado que os seus irmãos mais velhos. É o maior e mais capacitado rover que alguma vez chegou a ser enviado para Marte, tendo o acontecimento ocorrido a 26 de novembro de 2011. Aterrou na superfície de Marte a 5 de agosto de 2012.

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O objetivo deste robot era analisar a hipótese colocada inicialmente sobre a possibilidade de poder existir condições ambientais para, um dia, ser possível a existência de pequenos micróbios a habitar Marte. Pouco tempo depois de aterrar o robot encontrou provas químicas e minerais de ambientes habitáveis do passado em Marte.

Atualmente ainda se encontra em Marte a investigar as diversas rochas de tempos em que existe a possibilidade de Marte ter tido vida, mesmo que microscópica. Este foi também o último robot a ser enviado, até ao momento, para o planeta vermelho.

Foguetões mais poderosos

Atualmente a NASA encontra-se a construir o fogutão mais poderoso do mundo, o Space Lauch System (SLS). Quando estiver completo vai ser possível enviar astronautas para explorarem planetas mais distantes da Terra, incluindo Marte.

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No topo do foguetão vai ser colocada a cápsula Orion que servirá como veículo de exploração para os astronautas poderem viajar pelo espaço. Vai ser também uma maneira de providenciar capacidade de abortar a missão com urgência e de oferecer proteção para entrar em segurança na atmosfera.

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Marte 2020

A missão planeada para o futuro robot Marte 2020 está pensada para levar a cabo o próximo paço da exploração do planeta vermelho. Além de ir procurar sinais de condições habitáveis que já possam ter existido em Marte vai também, diretamente, procurar sinais de vida microscópica pelo planeta.

Vai equipado com uma ferramenta de perfuração que lhe oferece capacidade de colecionar amostras daquelas que forem consideradas rochas mais promissoras para a investigação.

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A missão tem ainda como objetivo tentar produzir oxigénio através da atmosfera de Marte, identificar recursos (como resíduos de água), aperfeiçoar técnicas de aterragem no planeta e ainda analisar e caracterizar o clima, o pó e qualquer outra condição ambiental que se verifique.

Ao fim de tantos anos de exploração, a NASA acredita estar no caminho certo para providenciar uma futura exploração realizada por seres humanos a Marte. Este será o próximo "pequeno passo para o Homem mas um grande passo para a Humanidade".