Fundamental para as ambições espaciais da Blue Origin, o motor de foguetões de nova geração BE-4 passou por mais uma prova, superada com sucesso, num recente teste estático.

Capaz de “empurrar” perto de 227 mil quilogramas, aquele que é o motor da Blue Origin mais potente até agora mostrou toda a sua força ao "queimar" num “alto estrondo” que a empresa fez questão de registar para a posteridade.

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O teste estático é mais uma conquista na confirmação da confiabilidade do BE-4, após um desaire em junho passado, quando uma experiência semelhante terminou repentinamente numa explosão.

Acontece, entretanto, poucas semanas depois de o motor ter feito o seu primeiro voo bem-sucedido, dando “gás” ao novo foguetão Vulcan Centaur, no lançamento da missão Peregrine para a Astrobotic.

O lançamento da Peregrine Lunar Lander foi considerado um sucesso, mas nem tudo correu bem com a missão de estreia do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA, associada à Artemis 2, que marcará o regresso dos humanos à Lua mais de 50 anos depois da primeira vez.

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tentativa de chegar à Lua foi abandonada depois de um derrame de combustível poucas horas após o lançamento, na madrugada de dia 8 de janeiro. A Astrobotic sublinhou, no entanto, que conseguiu lançar experiências científicas que transportava em nome da NASA e de outras agências espaciais, assim como recolher dados de voo.

O BE-4 é fundamental para as ambições espaciais da Blue Origin. Além de ser construído para empresas como a ULA, o motor também alimentará o foguetão reutilizável New Glenn, que a Blue Origin está atualmente a desenvolver.  O veículo Vulcan Centaur da ULA usa dois motores BE-4 no primeiro estágio, enquanto o foguetão New Glenn voará com sete motores.

Recorde-se que a NASA também selecionou a Blue Origin para usar o New Glenn para levar o módulo de pouso Blue Moon à Lua, numa missão Artemis que pode acontecer antes do final desta década.