Depois de sete anos no espaço, a sonda OSIRIS-REx, da NASA, está a caminho da Terra com uma mão cheia de amostras recolhidas de Bennu. De acordo com os cálculos mais recentes da agência espacial norte-americana, a missão culminará a 24 de setembro, com os momentos finais a serem cruciais para o seu sucesso.
A NASA explica que a sonda terá de ficar a 250 quilómetros da superfície terrestre para libertar a cápsula com as amostras, que vai cair de paraquedas numa área militar no deserto do Utah, Estados Unidos. Uma operação nada simples.
Vai ser necessário garantir, em primeiro lugar, que a OSIRIS-REx se aproxima da Terra como planeado. Se estiver mal posicionada, pode escapar da atmosfera terrestre ou entrar com demasiada velocidade, e assim incendiar-se e ficar destruída.
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Trajetória e velocidade controladas, assim que a cápsula das amostras pousar, haverá uma corrida contra o tempo para recuperá-las e colocá-las em segurança numa sala limpa temporária.
Nos próximos seis meses, a equipa da missão OSIRIS-REx vai estar a praticar e a refinar os procedimentos necessários para recuperar a amostra e transportá-la para um novo laboratório construído para o material no Johnson Space Center da NASA em Houston.
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Estima-se que a cápsula que está de regresso contenha cerca de um copo de matéria recolhida de Bennu – 250 gramas +/- 101 gramas – e pouse dentro de uma elipse de 59 km por 15 km.
De acordo com a agência espacial, atualmente estão a ser usados modelos de computador para testar planos de navegação em vários cenários, envolvendo as condições meteorológicas, atividade solar e detritos espaciais para garantir que, quando a cápsula entrar na atmosfera da Terra, tocará o solo dentro da área alvo 13 minutos depois.
As equipas de recuperação são responsáveis por proteger o local de pouso da cápsula de retorno da amostra e transportá-la de helicóptero para uma sala limpa portátil, instalada no local. Além disso, serão recolhidas amostras de solo e ar em redor da cápsula de pouso, que ajudarão a perceber se o material foi de alguma forma contaminado, mesmo que infimamente.
Assim que a cápsula estiver na sala limpa, será removido o escudo térmico, o invólucro traseiro e outros componente para preparar o recipiente de amostra para transporte para Houston.
O retorno à Terra das amostras do asteroide Bennu será o culminar de um esforço de mais de 12 anos da missão, mas marca o início de uma nova fase de descoberta, já que a comunidade cientifica dedicará a sua atenção à análise deste material único e precioso que data do início da formação do nosso sistema solar.
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