O anúncio foi feito durante o Oppo Inno Day 2021, que está a decorrer, e é mais uma aposta da Oppo em dispositivos de utilização, depois de ter anunciado óculos de realidade aumentada e realidade virtual nos últimos anos. Estes óculos são mais leves e compactos e foram pensados para casos de utilização diferentes, mais comuns no dia a dia, como foi explicado numa sessão restrita para alguns jornalistas à qual o SAPO TEK teve acesso.

A marca chinesa mostrou também um novo chip NPU (Network Processing Unit) para smartphones que é dedicado apenas à melhoria da fotografia e vídeo e que deverá integrar a próxima geração de smartphones Oppo Find X em 2022.

Os Oppo Air Glass fazem a diferença em relação a outras gerações de óculos de realidade aumentada funcionando como duas peças separadas: os óculos (ou armações) propriamente ditos e um dispositivo que é acoplado magneticamente e que garante a projeção da informação e a ligação ao smartphone ou smartwatch. Há dois tipos de “frames”, ou armações, uma para quem usa óculos de prescrição médica e que substitui as lentes, e outra para quem não usa já óculos.

Em qualquer uma delas a segunda parte dos Oppo Air Glass pode ser acoplada magneticamente, adicionando a “inteligência” que tornam os óculos um assistente em algumas funções, como explicou Arne Herkelmann, responsável pela gestão de produto da Oppo para a Europa Ocidental.

Com apenas 30 gramas, este integra um pequeno projetor, mas também tem capacidade de processamento e ligação ao smartphone e smartwatch. Na prática os óculos podem apresentar em frente dos olhos do utilizador alguma informação, como dados da agenda por exemplo, ou instruções sobre orientação geográfica se estiver a caminhar ou a andar de bicicleta, sem que tenha de olhar para o smartphone ou relógio. O comando pode ser feito por toque, voz, ou por gestos.

Outra das utilizações possíveis é a tradução direta de uma conversa. O aparelho capta a voz e apresenta a tradução em texto na projeção com os óculos, o que pode tornar-se um auxilio relevante para uma interpretação imediata. Arne Herkelmann explica que já funciona de Chinês para Inglês e vice versa, e que se revela muito útil num ambiente de empresa multicultural como a Oppo.

Outra funcionalidade é a possibilidade de teleponto, que pode ser usada para mostrar o texto de um discurso ou notas para uma apresentação.

Veja o vídeo com os óculos Oppo Air Glass em ação

A informação é projetada apenas em texto, a verde, usando o microprojetor Spark integrado com 3 milhões de nits mas muito pequeno e com Micro LED. A capacidade de processamento é garantida por um processador Qualcomm Snapdragon Wear 4100. Os óculos já têm ligação à app da Oppo para smartphones e relógios inteligentes e podem ser comandados pela aplicação ou por voz, mas a marca vai ter também um SDK para que os programadores possam integrar as funcionalidades nas suas aplicações.

A Oppo está a colaborar com a chinesa Baidu para personalizar as aplicações de Navegação a Pé e de bicicleta e de Explorar nas Proximidades, desenvolvidas pela tecnológica.

A bateria tem uma duração de 3 horas de utilização mas pode manter-se até 13 horas em stand by.

Ainda não foi revelado o preço, mas para já os Oppo Air Glass só vão estar à venda na China e não se sabe quando serão disponibilizados internacionalmente.

A próxima evolução na fotografia?

Uma das grandes novidades do Oppo Inno Day 2021 é o novo chip de processamento de imagem, o MariSilicon, totalmente desenvolvido “in house” pela empresa, como garante Arne Herkelmann. A ideia é ultrapassar as limitações de processamento em hardware dos smartphones, e dar um novo salto na fotografia.

O NPU (Network Processing Unit) vai estar só dedicado à componente da fotografia, melhorando a capacidade de processamento de imagem e garantindo mais qualidade nos detalhes e no resultado final, especialmente em ambientes noturnos. “É como ter edge computing para a câmara do smartphone ou tablet”, explica o responsável pela gestão de produto da Oppo para a Europa Ocidental.

“Antigamente demorava segundos para retocar a foto [usando algoritmos], agora são milissegundos mas há limitações e por isso decidimos avançar com o nosso próprio NPU”, justifica.

Na pré conferência foram apresentados vários gráficos e benchmarks de melhoria da qualidade de imagem, com a garantia de que este é um marco relevante para a fotografia e videografia. O vídeo abaixo mostra o resultado em estúdio.

Arne Herkelmann garante ainda que vamos ter no ecrã uma visão exata da imagem que depois o smartphone guarda na galeria – WYSIWYG, e que foi desenvolvido um algoritmo para RGGB single pipeline, com processamento separado dos pixeis brancos que depois resulta em mais claridade, mais textura e menos ruído na imagem.

O novo chip MariSilicon só vai estar disponível em 2022 e vai ser integrado exclusivamente na próxima geração de topos de gama Oppo Find X, mas depois deverá ser alargado a outros smartphones ou tablets da marca.

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