O céu escureceu durante cerca de quatro minutos, com o dia pleno a transformar-se em noite, quando a Lua “parou” à frente do Sol, num eclipse solar total. Desta vez o raro espetáculo “completo” só foi visível em algumas regiões da América do Norte, tendo sido observado em modo parcial noutros locais.

totalidade do eclipse foi possível de ver numa trajetória que atravessou partes da América do Norte e que inclui países como México, estendendo-se pelos Estados Unidos desde o Texas até ao Maine e alcançando o Canadá.

Portugal ficou fora desta trajetória total e só teve direito a vislumbre parcial, mas apenas a partir dos Açores. Os restantes tiveram a oportunidade de ver a transmissão que a NASA preparou para acompanhar o fenómeno “ao vivo”, que arrancou às 18h00 de Lisboa.

Durante uma emissão de três horas, os espectadores puderam assistir a imagens do eclipse de vários locais da América do Norte, insights de especialistas da NASA, interações com os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional - que tiveram direito a uma visão diferente do evento -, e um vislumbre das várias experiências científicas que decorreram durante o fenómeno.

O eclipse solar começou no Pacífico Sul e chegou à costa do México por volta das 11h07 do horário do Pacífico (19h07 em Portugal continental). Foi depois para os Estados Unidos, com o Texas a “estrear” a observação. Entrou de seguida no Canadá, passando por várias localidades, e abandonou a América do Norte às 17h16” locais, 21h16 em Lisboa.

Estas são algumas das imagens do eclipse solar que correram o mundo

Durante o eclipse, a NASA lançou três foguetões a partir das suas instalações na Virgínia para recolher dados sobre a forma como o desaparecimento súbito do Sol afeta a ionosfera e cria perturbações que podem interferir com as comunicações na Terra.

Na parte das experiências, a ESA também olhou para o céu - ou mais especificamente para o Sol. A Agência espacial europeia teve a sonda Solar Orbiter na "primeira fila cósmica", com uma vista exclusiva para a coroa do Sol que permitirá registar erupções perigosasEm Terra, testou o hardware da Proba-3 para garantir que tudo funciona quando tiver de criar eclipses artificiais no espaço.

Portugal vai ter de esperar até 12 de agosto de 2026 para assistir a um eclipse solar total. Além deste, a Península Ibérica terá direito a novo “espetáculo” imediatamente no ano seguinte e a um eclipse solar anular em 2028.