O eclipse solar do próximo dia 8 de abril só vai poder ser visto em algumas regiões do planeta Terra, mas há quem seja ainda mais privilegiado. É o caso dos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês).

As norte-americanas Jeanette Epps e Tracy Dyson, da NASA, estão no grupo que “mora” no laboratório orbital neste momento e que espera testemunhar o eclipse solar total de segunda-feira, de um ponto de vista muito diferente.

A cerca de 400 quilómetros acima da Terra, os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional poderão ver a “sombra” do eclipse a cair sobre o Planeta Azul, em vez do fenómeno em si.

Com base nos dados atuais, quem está na ISS terá três oportunidades para ver a sombra terrestre (penumbra e umbra) da Lua, enquanto esta percorre a superfície da Terra, disse a NASA.

Por “cá”, o eclipse solar do próximo dia 8 de abril será apenas visível numa estreita faixa dos EUA em modo “total”, embora seja observável parcialmente a partir de outras regiões, onde a Lua cobrirá só uma parte do disco solar.

Jeanette Epps e Tracy Dyson partilham alguns dados científicos e conselhos sobre como assistir ao eclipse num vídeo

De acordo com a NASA, a totalidade do eclipse será visível numa trajetória que atravessa partes da América do Norte como o México, estendendo-se pelos Estados Unidos, desde o Texas até ao Maine, e alcançando o Canadá.

ESA atenta ao eclipse solar total que vem por aí. Solar Orbiter e Proba-3 estão de serviço
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A agência espacial norte-americana tem preparada uma emissão em direto de acompanhamento do fenómeno, com arranque marcado para as 18h00 em Lisboa da próxima segunda-feira, dia 8 de abril.

De olhos postos no céu - ou mais especificamente no Sol - também vai estar a ESA. A Agência espacial europeia já tem a sonda Solar Orbiter na "primeira fila cósmica", com uma vista exclusiva para a coroa do Sol que permitirá registar erupções perigosas. Em Terra, tem a Proba-3 pronta para testar o hardware e garantir que tudo funciona quando tiver de criar eclipses artificiais no espaço.

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A missão de precisão Proba-3 colocará um coronógrafo definitivo de serviço no espaço. O projeto consiste em posicionar duas naves espaciais separadas que trabalharão em conjunto, uma para bloquear a luz solar e a outra para observar a coroa solar mais perto do que nunca.

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Segundo a ESA, o principal objetivo da Proba-3 é testar novas tecnologias e técnicas, "mas se funcionar, podemos esperar descobertas emocionantes sobre o Sol, que complementariam as observações da Solar Orbiter”.