Londres é por esta altura a sede de uma exposição que dá a conhecer aos seus visitantes uma ideia de como poderão ser as primeiras habitações marcianas.

A primeira proposta está em exibição no Observatório Real de Greenwich desde a passada quinta-feira e mostra as possíveis condições de vida humana caso alguma vez esta se chegue a fixar no planeta vermelho.

A maquete, que foi construída à escala real, contém uma cama, uma secretária, espaço para os habitantes se exercitarem e recipientes dedicados à horticultura.

Desenvolvido pela Wild Creations, o projeto contou ainda com a ajuda vários astrónomos e de Stephen Petranek, autor da obra "Como Vamos Viver em Marte" e consultor da série "MARS" que estreará brevemente no National Geographic.

A habitação foi maioritariamente construída em regolito, que existe em abundância no planeta vermelho, e articulada, posteriormente, com peças recicladas de naves obsoletas.

"A casa vai produzir oxigénio para as pessoas respirarem e vai fornecer a sua própria água através de um mecanismo de desumidificação que vai sugar a atmosfera marciana que é 100% húmida na maior parte das noites", revelou Petranek em conversa com a Reuters. "Esta é uma casa tipicamente marciana, se a quiserem chamar assim, mas na verdade é mais um centro de sobrevivência", confessa.

Pensada para se fixar em Valles Marineris, uma rede de desfiladeiros com mais de 100 quilómetros de largura e 4.000 de comprimento, a casa deverá conter ainda uma impressora 3D, um aparelho essencial à satisfação das necessidades dos habitantes. "Vai fazer tudo o que for preciso", acredita Petranek.

"A maior aventura que o ser humano pode ter", como descreve, está cada vez mais perto. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América, acredita que será possível enviar humanos a Marte por volta do ano 2030. Elon Musk é mais otimista e aponta para 2024.

A primeira casa marciana estará em exposição até ao próximo dia 16 de novembro.