O projeto RiftCycles estreou no SAPO Codebits em 2014 e consiste numa experiência que mistura elementos físicos com realidade virtual. Através dos Oculus Rift os utilizadores são transportados para o universo digital do filme Tron, mas será sempre necessário montar uma de duas motas gigantes e incliná-las para conseguir jogar.

Desde a revelação no Codebits as RiftCycles já passaram por mais dois eventos nacionais - Lisbon Games Week e Lisbon Mini Maker Faire -, sempre ligados à área das tecnologias. Agora Luís Sobral e a sua equipa vão ter uma experiência diferente: vão participar na Bienal de Twente, na Holanda.

Também conhecido como The Arcade Man, o criador português explicou ao TeK que a oportunidade surgiu a convite da própria organização da bienal que ficou a conhecer o projeto devido à grande divulgação que teve na Internet.

“Viram o projeto, acharam interessante e contactaram”, explicou Luís Sobral que adiantou também que será curioso ver a reação do público visto tratar-se de um evento mais focado na arte.

Desde que o projeto foi apresentado há mais de um ano as evoluções registadas foram acima de tudo no software, sendo que a questão do hardware em pouco ou nada evoluiu. A experiência RiftCycles continua a utilizar a primeira versão de programador dos Oculus Rift, mas o Arcade Man adianta que deverá haver uma atualização assim que for disponibilizada a versão de consumo do dispositivo de realidade virtual.

Ideias para novos projetos já existem, mas Luís Sobral confessa que as mesmas precisam de ser trabalhadas pois precisam de superar o impacto que as RiftCycles tiveram. E a peculiaridade do projeto é tal que já Luís Sobral já recebeu proposta, mas que no entanto “não passaram disso mesmo”.

Uma delas teve origem nos EUA e foi feita por uma pessoa que comercializa equipamentos ligados à realidade virtual. Mas pelo facto de a realidade virtual e equipamentos associados serem ainda um mercado de nicho, a proposta acabou por não se concretizar.

O que parece certo é que futuros projeto do Arcade Man venham a ser desenvolvidos também no campo da realidade virtual.

“A realidade virtual, a nível de jogos, é das áreas que tem mais margem de exploração e está ainda pouco explorado ao nível de experiências como as RiftCycles”, disse o criador português.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico