Os smartphones transformaram-se num elemento essencial no dia a dia de mais de metade da população mundial. Os materiais de que são feitos alteram-se entre modelos e quase todos estes fabricantes já anunciaram planos empenhados para reduzir, na medida do possível, a sua pegada ecológica.
Ainda assim, a verdade é que todos os equipamentos usam em abundâncias metais que deviam ser menos usados. Seja porque são raros, porque são extraídos em zonas de conflito e seguindo práticas comerciais pouco recomendáveis, ou pelo seu impacto ambiental, numa altura em que o ciclo de vida dos equipamentos é cada vez mais curto.
Uma infografia do site Visualcapitalist.com, baseada em dados da Universidade de Birmingham, explica onde estão e para que servem os metais mais usados na construção de smartphones e mostra como sem eles, muitas das funções dos equipamentos não podiam ser asseguradas.
Os ecrãs, por exemplo, são compostos por diferentes camadas de vidro e plástico ligados por índio, um elemento químico transparente e bom condutor. Reage em contacto com outro bom condutor, como o dedo humano, para que se complete o circuito elétrico que permite ativar uma resposta do ecrã ao toque.
Para que as imagens com diferentes cores sejam exibidas no ecrã LCD de um smartphone entram também em ação vários elementos químicos, essenciais para que uma corrente elétrica ajuste as cores em cada pixel. Os componentes eletrónicos dos equipamentos usam metais como o níquel e o tantalum para serem ligados entre si. Este último é usado, por exemplo, para ajudar a afinar a frequência das antenas.
O níquel é também usado no revestimento dos equipamentos, para ajudar a reduzir o nível de interferências eletromagnéticas, acompanhado de uma longa lista de outros materiais também presentes no invólucro de qualquer smartphone, como o alumínio, plástico, fibras de carbono, ou mesmo ouro.
O níquel é também um dos elementos presente no sistema que permite amplificar o som num microfone, a partir das vibrações causadas pelas ondas sonoras. Neodímio, praseodímio e gadolínio também estão presentes em microfones e altifalantes. Já o lítio integra a bateria de qualquer telemóvel moderno.
Contas feitas, o smartphone que traz na mala ou no bolso, para poder ser produzido, recorre a cerca de 80% dos elementos da tabela periódica.
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