A Microsoft lançou hoje no Game Pass um dos seus títulos mais importantes e aguardados nos últimos meses. Disponível para PC e Xbox Series X|S (gratuito no serviço Game Pass), Senua's Saga: Hellblade II mantém a tradição do estúdio Ninja Theory em criar um ambiente cinematográfico que funciona quase como um benchmark para a indústria atual de videojogos no que diz respeito à qualidade gráfica e captura dos rostos dos protagonistas.

Mantendo o mesmo conceito do primeiro capítulo, a nova aventura continua a seguir a jornada de Senua, uma jovem guerreira atormentada por vozes internas, num constante conflito com a sua própria doença de psicose. O estúdio criou uma mecânica que guia e ajuda o jogador através de dicas debitadas diretamente destas vozes que ecoam na cabeça da protagonista. Mas são exatamente estas que pretendem tornar a jornada única, rodopiando em torno dos ouvidos do jogador, num sistema surround para quem utiliza uns auscultadores compatíveis.

Veja na galeria imagens de Senua's Saga: Hellblade II:

O jogo tem lugar no século IX na Islândia, com muitos dos locais captados ou inspirados diretamente com as paisagens verdejantes e rochosas do país. O ambiente é inspirado na mitologia nórdica, com uma cultura tribal vincada e marcada pela violência extrema. Trata-se de um jogo com temas adultos e negros, numa história simultaneamente de vingança, enquanto a personagem luta contra o seu conflito interior, num formato de horror psicológico pautado pelo som e imagem.

Dispensando mundos abertos para explorar, esta aventura é linear, funcionando como um filme interativo, criado para transportar os jogadores para uma viagem intensa. Tem um sistema de combate coreografado, igualmente brutal e visceral, em que a personagem tem de defender, desviar e contra-atacar os inimigos.

Os puzzles são semelhantes ao primeiro capítulo, realinhando elementos do cenário para criar imagens e abrir portas, ou interagindo com esferas que manipulam o tempo, abrindo caminho a passagens bloqueadas são alguns exemplos.

O jogo utiliza o motor Unreal e é talvez um dos jogos graficamente mais ambiciosos da atualidade, a nível de reflexos e sombras, mas também o detalhe fotorealístico das paisagens. A Ninja Theory promete uma viagem semelhante a um longo filme de cinema, mas com a habitual interatividade permitida pelos videojogos, numa duração entre cinco a seis horas.