A 12 de novembro, por volta das 16 horas em Portugal, uma sonda terrestre pousava num cometa para fazer recolha de informação, pela primeira vez na história da humanidade. Mas a euforia deu rapidamente lugar à apreensão quando se percebeu que o sistema de fixação da Philae não funcionou da melhor forma quando tocou o 67P.   

Soube-se depois que os saltos que a pequena sonda deu antes de fixar-se definitivamente à superfície do cometa fizeram-na “estacionar” a cerca de 1 quilómetro distância do local inicialmente planeado, numa zona de sombra.

A Philae ainda conseguiu trabalhar durante 60 horas, antes de “adormecer” devido à falta de luz solar para alimentar as suas baterias. O sono durou até 13 de junho último, quando os cientistas já quase tinham desistido de esperar que esta acordasse. Depois de alguns contactos feitos nessa altura, a sonda não dava notícias desde 9 de julho.

Hoje, dia 11 de janeiro, a ESA fez uma última tentativa de contacto e o resultado não foi o melhor. Segundo o Centro Aeroespacial Alemão a derradeira tentativa de contato com a sonda não obteve qualquer resposta.

A equipa acredita que a Philae possa estar sem bateria suficiente para dar resposta ou nem sequer ter recebido os comandos dados por ter os seus recetores e transmissores danificados.

Ainda haverá mais oportunidades para interagir com a pequena sonda até 21 de janeiro próximo, data a partir da qual a Rosetta voa para hemisfério sul do cometa e se afasta da zona onde está a sua “afilhada”, mas as perspetivas estão longe de ser otimistas.