Ao dia de hoje, fruto de uma aposta clara em novas regras, no marketing, mas também na estratégia de várias marcas automóveis, a F1 passou a ser um dos desportos mais seguidos a nível mundial, tornando interessantes para várias empresas, principalmente as tecnológicas, a sua participação no desenvolvimento de novas soluções para as equipas de F1.

Por esses motivos não é de estranhar parcerias tecnológicas, como a da Lenovo que fomos conhecer ao GP de Espanha, em Barcelona, para compreender melhor a sua importância no fornecimento e processamento de dados para as várias equipas

Neste que é um espetáculo de engenharia e precisão de altíssimo nível, torna-se essencial o investimento contínuo das empresas em inovação e desenvolvimento. No caso da empresa que se tornou parceira da F1 – a Lenovo – esta fornece não só materiais e componentes de última geração, como também apoia o processamento de dados e os processos de tomada de decisão das equipas, com hardware preparado para inteligência artificial.

A tecnologia que a Lenovo utiliza é alimentada por HPC  - soluções de computação de alto desempenho - da própria marca, que lhe permitem realizar atividades de grande complexidade, criar conteúdos em real-time, processar milhões de dados de informação e otimizar a qualidade do conteúdo digital e da transmissão.

Veja as imagens 

Durante a visita, tivemos a oportunidade de conhecer várias áreas — algumas com restrição ao uso de telemóveis — como o centro de operações, que é reconstruído para cada Grande Prémio e pode envolver até 58,5 km de cabo de fibra ótica, também responsável pelo apoio a captação e transmissão de imagens, fornecendo software para os carros, instalando 28 câmaras ao longo da pista, 93 câmaras onboard, 150 microfones e gerindo o processamento de mais de 500 terabytes de dados.

Um outro detalhe que não se vê em televisão, mas que ao vivo e nos treinos se percebe, é a constante recolha de informação das marcas com a chamada das viaturas às boxes enquanto progridem em pista. Já no MotoGP e na Formula E nos tinha sido referenciado que estas análises e posteriormente processamento são vitais para saber, quando, onde e como cada piloto deve progredir, gerir ou “atacar” em pista e em que local da mesma.

Foi também percetível que as evoluções e atualizações da Mclaren – ao nível dos materiais, mas também do software têm sido importantes para manter os seus dois pilotos no TOP3 dos tempos, mas que existe um Verstappen que, mesmo assim, consegue, com o seu talento ímpar retirar do Red Bull todo o potencial possível  do automóvel.

A Fórmula 1 é um desporto que depende ativamente de dados gerados em tempo real – fala-se em 1,5 terabytes de dados por carro e por evento - e, desse modo a tecnológica necessita fornecer toda uma infraestrutura de IT de alta performance para recolher e analisar dados em tempo real, otimizar/gerir a estratégia de corrida, seja ao nível dos pneus, combustível e mesmo desempenho do piloto, mas também a simulação de cenários futuros baseados em IA.

Também neste mundo de precisão e grande complexidade, torna-se vital assegurar uma comunicação precisa entre equipas, engenheiros e diretores de prova, processamento de imagens, vídeos e estatísticas e garantir o suporte tecnológico para tomada de decisões críticas em pista, como pode ser exemplo a entrada do Safety car ou a atribuição de penalizações

Numa época global onde a sustentabilidade ocupa  - e bem – cada vez maior presença nas marcas, a que não é alheia, a tecnológica Lenovo têm de se comprometer também com a utilização de servidores eficientes em consumo de energia e garantir uma redução da pegada de carbono digital com a utilização de “tecnologias mais verdes”

É neste cenário que marcas como a Lenovo gravitam em torno da F1 para garantir que o espetáculo seja o mais interessante para o publico, mas também competitivo e seguro