Depois de ter chegado ao seu destino no Espaço, posicionando-se na a órbita do segundo ponto de Lagrange Sol-Terra, também conhecido como L2, o telescópio espacial James Webb está agora a passar por um processo de alinhamento e calibração dos seus instrumentos óticos e científicos.
O processo ainda se vai prolongar por alguns meses, mas, recentemente, o telescópio conseguiu alcançar um marco importante, captando a sua primeira estrela e aproveitando até para tirar uma selfie.
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A NASA explica que, para alinhar o espelho principal do telescópio, a equipa responsável está a utilizar o instrumento Near Infrared Camera (NIRCam). O desafio era confirmar que o instrumento estava pronto para captar a luz vinda de objetos espaciais e que era possível identificar a luz emitida por uma mesma estrela nos 18 segmentos que compõem o espelho principal.
Ao captarem a estrela HD 84406, a 258 anos-luz de distância, na constelação da Ursa Maior, os segmentos desalinhados do espelho principal refletiram a luz para o secundário e depois para os sensores do NIRCam, resultando num mosaico de imagens onde figuram 18 pontos de luz estelar.
O processo de captação começou no dia 2 de fevereiro, demorando perto de 25 horas, e o telescópio foi colocado em 156 posições diferentes tendo em conta a localização da estrela. Através dos 10 detetores do NIRCam foram geradas 1.560 imagens, num total de 54 GB de dados. As imagens foram depois unidas para criar o mosaico final, que conta com mais de 2 mil milhões de pixels.
À medida que os instrumentos óticos e científicos vão sendo alinhados e calibrados, espera-se que as imagens captadas pelo telescópio espacial James Webb se tornem mais claras e detalhadas. Os especialistas preveem que o telescópio seja capaz de captar as suas primeiras imagens científicas no Verão.
Recorde-se que o sucessor do Hubble, cuja tecnologia que resulta de uma parceria internacional entre a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadiana (CSA), vai permitir explorar todas as fases da história cósmica: do interior do nosso sistema solar às galáxias mais distantes observáveis no início do universo e tudo o que está entre os dois.
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