Foi a partir de uma imagem registada pelo telescópio espacial Hubble que surgiu uma nova descoberta científica relacionada com uma das manifestações mais notáveis de um fenómeno ótico do espaço profundo conhecido por "Anel de Einstein".
A imagem em causa foi divulgada em dezembro de 2020, apresentada como retratando o exemplo de um dos maiores e quase completos anéis de Einstein já vistos: um anel de luz, assustador de tão impressionante.
O objeto está catalogado como GAL-CLUS-022058s, localizado na constelação do hemisfério sul de Fornax - A Fornalha.
A aparência incomum de anel parcial do objeto pode ser explicada por um fenómeno chamado lente gravitacional, que faz com que a luz que brilha de uma galáxia distante seja deformada pela gravidade de um objeto entre sua fonte e o observador. Esse efeito foi teorizado pela primeira vez por Albert Einstein em 1912 e, mais tarde, trabalhado na sua teoria da relatividade geral.
À vista, a imagem do Hubble apelidada de "Anel Derretido" mostra uma galáxia remota muito ampliada e distorcida pelos efeitos do espaço gravitacionalmente deformado, mas a sua análise permitiu aos astrónomos saberem que está a 9,4 mil milhões de anos-luz da Terra.
O cálculo, feito com a ajuda dos dados reunidos pelo Very Large Telescope, do ESO, coloca a galáxia na época de pico da formação de estrelas na evolução cósmica - quando o universo tinha apenas cerca de um terço dos seus 13,8 mil milhões de anos, revela a equipa responsável pela investigação.
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