O Nishimura, que tem o nome formal de C/2023 P1, foi descoberto por um astrónomo amador japonês, Hideo Nishimura, a 12 de agosto deste ano, quando fotografava o céu com a sua máquina Canon EOS 6D, e a sua cauda esverdeada foi motivo de atenção de entusiastas de fenómenos astronómicos, sobretudo pela possibilidade de ser visto a olho nu na aproximação à Terra.

A NASA acompanhou a trajetória e partilhou um vídeo da aproximação do Nishimura ao Sol, na sua rota de alta velocidade que lhe permite deslocar-se entre diferentes sistemas solares.

As imagens foram captadas pelo Solar Terrestrial Relations Observatory (STEREO-A) e mostram o momento em que uma erupção solar massiva atingiu o cometa na sua aproximação à estrela central do nossos sistema solar, queimando a sua cauda esverdeada.

Veja o vídeo

A NASA explica que muitos cometas poderiam ter sido engolidos com este fenómeno, mas que isso não terá acontecido com o C/2023 P1, que terá continuado o seu caminho, mas que ainda assim pode ter sido afetado pela energia e calor da explosão solar.

As imagens foram captadas na aproximação ao Sol, a 17 de setembro depois da maior aproximação à Terra alguns dias antes, a 12 de setembro. Muito astrónomos amadores fixaram as suas objetivas para captar imagens do cometa Nishimura que podia ser visto a olho nu pouco antes do nascer do sol, e que passou a apenas 125 milhões de quilómetros de distância.

Veja algumas das imagens do cometa Nishimura

O cometa terá sido originário da Nuvem de Oort, situada a quase um ano-luz do Sol, e só deverá voltar a aproximar-se da Terra daqui a mais de 400 anos.