Condições atmosféricas incomuns, incluindo temperaturas de congelamento na estratosfera, terão levado a uma queda a pique nos níveis de concentração de ozono, levando à formação de um buraco maior do que o habitual nesta camada natural de gás, que protege a vida da radiação ultravioleta nociva do Sol, sobre as regiões polares do norte.

Embora os dois polos sofram perdas de ozono durante o inverno, a diminuição do ozono no Ártico tende a ser significativamente menor que a Antártida, porque as temperaturas – um dos fatores que mais podem contribuir para o fenómeno, a par dos campos de vento e das vento e substâncias como clorofluorcarbonetos (CFCs) - geralmente, não descem tão baixo.

No entanto, este ano, ventos fortes que fluem ao redor do Polo Norte prenderam o ar frio no que é conhecido como “vórtice polar” - um redemoinho circular de ventos estratosféricos, explica a ESA.

No final do inverno polar, a primeira luz solar sobre o Polo Norte iniciou a diminuição invulgarmente forte de ozono - causando a formação do buraco. No entanto, o seu tamanho é ainda pequeno comparado ao que geralmente pode ser observado no hemisfério sul.

“O buraco de ozono que observamos no Ártico, este ano, tem uma extensão máxima de menos de 1 milhão de quilómetros quadrados. Isto é pequeno em comparação com o buraco antártico, que pode atingir um tamanho de cerca de 20 a 25 milhões de quilómetros quadrados, com uma duração normal de cerca de 3 a 4 meses”, comenta Diego Loyola, do Centro Aeroespacial Alemão, que conduziu a análise dos dados recolhidos pelo instrumento Tropomi no satélite Copernicus Sentinel-5P.