A Wisk Aero confirmou planos para lançar o seu eVTOL ainda esta década. Para lá chegar faltam as aprovações regulatórias em que garante já estar a trabalhar, nomeadamente com o regulador americano da segurança aeronáutica dos Estados Unidos.
O veículo elétrico de decolagem e aterragem vertical da Wisk Aero é um transporte autónomo, com capacidade para quatro passageiros. A empresa não prevê uma versão com condução assistida por piloto humano, como muitos outros fabricantes deste tipo de equipamentos querem fazer num primeiro momento. A opção, acredita a companhia detida pela Boeing, vai tornar o seu sistema de transporte mais barato, porque consegue aproveitar toda a capacidade de transporte para passageiros.
Claro que com isso terá também de passar por um processo de certificação mais apertado, vencer a desconfiança que ainda existe em relação à segurança deste tipo de veículos e gerir a concorrência dos carros autónomos “terrestres”, como lembram especialistas consultados pela Reuters, que cita o CEO da companhia na previsão de início das operações.
“Estamos neste momento a testar e produzir os elementos da aeronave que esperamos fazer voar no final deste ano”, avançou Brian Yutko à imprensa durante o Festival Aéreo de Farnborough.
A Wisk existe desde 2019 e desde então já desenvolveu vários protótipos para a aeronave que quer colocar no mercado e apresentou no ano passado um modelo de pré-produção que vai voltar a evoluir em breve.
No mesmo festival, destacou ainda a Reuters, diferentes especialistas defenderam no entanto, que não é expectável a chegada ao mercado de eVTOL autónomos antes da próxima década, o que faz da meta da empresa para um lançamento “mais à frente nesta década algo, no mínimo, otimista.
A Wisk nasceu enquanto joint-venture da Boeing com a Kitty Hawk Corp, mas esta empresa vendeu a sua parte do negócio à Boeing, que agora é a única dona da companhia da Califórnia. Em 2022, foi anunciado que a companhia de aviação tinha investido 495 milhões de dólares nos táxis aéreos da Wisk, um valor que já deve ter aumentado tendo em conta que é agora a única acionista do projeto.
A última versão da aeronave apresentada pela empresa em 2023 chama-se Geração 6. Transporta quatro passageiros e promete voar em todas as condições meteorológicas, para prestar serviços de táxi aéreo em mobilidade aérea avançada. Vai ser autónomo (com supervisão humana, mas sem lugar para piloto na cabine).
O veículo promete uma autonomia de voo de 145 quilómetros. Vai atingir os 222 Km/h em velocidade de cruzeiro e entre 762 e 1.219 metros de altitude. Tem uma asa alta principal e mais 12 hélices: as seis hélices dianteiras são basculantes e as seis traseiras são hélices fixas. Conta ainda com 12 motores elétricos, com baterias que demoram cerca de 15 minutos a carregar e suporta uma carga máxima de 408 kg.
Veja o vídeo:
O design da Geração 6 representa uma evolução grande face aos primeiros modelos e aplica a experiência de mais 600 voos de teste, como explica o CEO da companhia neste vídeo, onde também frisa que o design inovador do eVTOL da Wisk têm feito do projeto um desafio de engenharia que a equipa atual de cerca de 500 colaboradores acredita que será compensado pelo sucesso.
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