Xiaomi entrega primeiros carros elétricos amanhã. SU7 é apresentado como o "carro de sonho"

O lançamento oficial do SU7 foi na semana passada e nos primeiros minutos a Xiaomi vendeu mais de 50 mil carros. A empresa está a acelerar a produção e entrega os primeiros carros já amanhã.

O Xiaomi SU7 é a aposta da marca e Lei Jun, o CEO e co-fundador da marca que tem conquistado terreno no mercado de smartphones e equipamentos eletrónicos, não esconde o seu entusiasmo pelo projeto que tem dominado a sua atenção nos últimos três anos, e onde já investiu mais de 10 mil milhões de euros.

O interesse dos fãs da Xiaomi pelo novo carro elétrico da Xiaomi parece acompanhar a dinâmica que a empresa quer colocar a esta área de negócio e em apenas 27 minutos foram colocadas mais de 50 mil encomendas do SU7. Nas primeiras 24 horas as pré-encomendas atingiram as 88.898 unidades. O preço abaixo de 30 mil euros para o modelo base é certamente uma ajuda para impulsionar a procura no mercado chinês.

A empresa está já a avisar os clientes que as entregas podem demorar entre quatro e sete meses, segundo o avançado pela Reuters que verificou as datas na aplicação de encomenda da Xiaomi.

"Muitos perguntam se a Xiaomi está confiante de conseguir sucesso na indústria altamente competitiva dos veículos elétricos (VE). A minha resposta é "absolutamente" - estamos a preparar-nos diligentemente para este novo capítulo. Diferente do desenvolvimento dos smartphones desde a base, há 14 anos, as expectativas dos consumidores para os VE são fundamentalmente diferentes. O nosso foco é claro: tecnologia inteligente. É isso que vai verdadeiramente permitir diferenciar-nos e responder às necessidades dos nossos clientes, assim como toda a indústria", explica Lei Jun.

Amanhã a Xiaomi vai começar a entregar os primeiros carros na primeira cerimónia de entrega, na fábrica de Pequim. Seguem-se outras 28 localizações na China.

Com um design semelhante a um Porsche, o SU7 da Xiaomi apresenta-se como um elétrico de luxo mas com preço acessível. Há três modelos, o SU7 base, o  Pro e o Max, e os preços começam nos 216.000 RMBs e chegam aos 300 mil, valores arredondados, o que corresponde a 27.600 euros no modelo mais barato, ficando abaixo de 40 mil no SU7 Max.

A Xiaomi anunciou ainda dois modelos de "assinatura", um SU7 base e um SU7 Max, mas que são pré definidos e com toques especiais do presidente da Xiaomi. "São só para grandes fãs da Xiaomi", avisa Lei Jun.

Veja as imagens dos novos modelos Xiaomi SU7

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O desempenho na estrada, com aceleração dos 0 aos 100 quilómetros por hora em 2,78 segundos e uma velocidade máxima de 265 quilómetros por hora, na gama mais alta, é um dos destaques, mas também a autonomia. A versão Standard tem uma autonomia de até 700 quilómetros, em comparação com os 810 quilómetros do modelo Max, e basta 15 minutos para conseguir um carregamento de metade da bateria, com autonomia mais de 500 km no modelo mais avançado. Também no modelo base Lei Jun diz que a velocidade de carregamento é melhor do que a do Model 3 da Tesla.

Nenhum pormenor foi descurado nos novos automóveis, que vão estar disponíveis em novo cores, com quatro combinações de interiores diferentes, e muita tecnologia para apoiar a condução e dar mais conforto e entretenimento aos passageiros.

Xiaomi SU7

Os primeiros carros começam agora a ser entregues e a Xiaomi promete aumentar a produção, e o número de lojas onde ficam disponíveis, mas por enquanto apenas no mercado chinês. Não há qualquer indicação de lançamento internacional dos automóveis, numa altura em que a importação de automóveis da China está a enfrentar alguns bloqueios na Europa e nos Estados Unidos.

Veja o vídeo dos novos carros da Xiaomi

Lei Jun garante que esta é uma aposta a longo prazo. "Vamos trabalhar nos próximos 15 a 20 anos para nos tornarmos num dos 5 maiores fabricantes de automóveis do mundo, impulsionando toda a indústria automóvel na China", sublinhou o presidente da empresa, que garante que este é um carro de sonho equivalente a um Porsche ou Tesla e que nunca quis fazer um carro "mediano".