O programa Artemis está a ser preparado pela NASA naquela que é a próxima expedição à Lua. Mas mais que uma visita, a Agência Espacial americana pretende uma estadia prolongada, e por isso tem lançado diferentes concursos a empresas privadas para encontrar as diversas soluções que necessita. Com o objetivo de explorar o polo sul da Lua, a NASA escolheu a empresa Astrobotic, de Pittsburgh, ao qual foi disponibilizado 199,5 milhões de dólares para a construção do rover VIPER (Volatiles Investigating Polar Exploration Rover) previsto para o final de 2023.
A missão principal do VIPER é encontrar água, ajudando a pavimentar o caminho para as missões dos astronautas na superfície lunar que começam em 2024. Nesse sentido, o robot será um dos protagonistas no desenvolvimento de uma presença sustentável e a longo termo na Lua.
Segundo Jim Bridenstine, o administrador da NASA, o rover VIPER e o acordo comercial que o colocará na Lua é um exemplo de como a comunidade científica e a indústria americana está a tornar a visão da exploração lunar da NASA em realidade. Para o administrador, o VIPER vai ser um grande trunfo no esforço de levar a primeira mulher e os próximos homens à Lua em 2024.
Nesse sentido, o rover faz parte dos serviços comerciais de carga para a Lua, incitando parceiros da indústria a desenvolver instrumentos científicos e demonstrações de tecnologia. A Astrobotic será responsável por entregar o VIPER, assim como a sua integração no lander Griffin, e o lançamento da Terra e alunagem.
A NASA estima uma missão de 100 dias terrestres e o VIPER, com um peso de cerca de 450 quilos, vai percorrer diversas milhas e usar os seus quatro instrumentos científicos para obter amostras de diferentes de solos, incluindo a procura de água. Três desses instrumentos serão enviados antes, em cargas previstas para 2021 e 2022, para testar a sua performance antes da chegada do rover. Esta é uma técnica que a NASA está a desenvolver para acelerar processos: testar os instrumentos enquanto o rover ainda está a ser construído.
O VIPER vai recolher diversos dados, incluindo a localização e concentração de gelo, que depois serão usados para criar os primeiros mapas de recursos da Lua. Será ainda essencial para procurar os melhores locais de alunagem para futuras missões dos astronautas.
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