A Amazon conseguiu uma autorização final do regulador das comunicações nos Estados Unidos (FCC), para começar a lançar a constelação de satélites que vai dar corpo ao Projeto Kuiper, um serviço de internet por satélite idêntico ao que já oferece a Starlink, da SpaceX.
Como explica o site Space.com, a empresa fundada por Jeff Bezos já tinha garantido uma primeira autorização para avançar com o projeto em 2020, mas faltava ver aprovada uma versão final do plano de gestão dos detritos espaciais, associados à operação dos satélites em órbita. Esse plano foi agora aprovado, o que abre caminho ao lançamento de 3.236 novos satélites para o espaço.
Segundo informação anterior, os satélites Kuiper vão ser colocados em órbita pelo novo rocket da United Launch Alliance (Vulcano Centauro), que ainda está em testes, mas que deverá estar pronto para a viagem daqui a alguns meses, pela Blue Origin (empresa espacial fundada também por Jeff Bezos) e pela Arianespace. Os satélites Kuiper vão “habitar” a órbita baixa da Terra, tal como os satélites da Starlink.
A autorização final da operação estava dependente da aprovação de um plano atualizado de mitigação dos detritos espaciais gerados pela atividade. Nos termos deste plano, a Amazon comprometeu-se a apresentar relatórios semestrais sobre o número de satélites lançados e a fiabilidade do processo de eliminação de detritos. A Amazon assumiu também o compromisso de retirar de órbita todos os satélites que lançar, terminado o prazo previsto de missão de cada um, que é de sete anos.
O lixo espacial é um tema quente, numa altura em que o número de objetos no espaço atingiu níveis sem precedentes e o risco de colisão de detritos, com a estação especial ou outros objetos, vai crescendo.
O impacto negativo que resulta da exploração comercial do espaço para as atividades de investigação, também tem sido cada vez mais discutido e levou até recentemente a uma parceria entre a SpaceX e a Fundação Nacional das Ciências dos Estados Unidos. Nos termos do acordo, a empresa vai levar a cabo algumas medidas para que a sua constelação de mais de 3.000 satélites interfira menos com a atividade de telescópios e radiotelescópios.
A licença de operação da SpaceX vai permitir-lhe lançar para o espaço mais 7.500 satélites, mas a FCC está a analisar um pedido mais ambiocioso. A empresa fundada por Elon Musk quer colocar no espaço 30.000 satélites de segunda geração da Starlink.
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