
Considerado versátil, eficiente e preciso, o foguetão Vega C da ESA tem como objetivo lançar satélites mais leves em múltiplas órbitas, num único lançamento. O certo é que o seu voo comercial inaugural terminou num incidente após lançamento e a carga a bordo, dois satélites da Airbus (Pléiades Neo 5 e 6), acabaram perdidos.
O foguetão, construído pela ArianeSpace e AVIO, foi lançado das instalações de Korou na Guiana Francesa. Cerca de dois minutos e 27 segundos após a descolagem, às 1h47 (hora de Lisboa), registou-se uma anomalia no seu motor Zefiro 40, terminando a missão Vega C, referiu a ArianeSpace numa mensagem no Twitter. Os dados estão a ser analisados para determinar as razões das falhas. A falha fez desviar a trajetória do foguetão, tendo-se perdido a telemetria na sala de controlo.
O Vega C é um ambicioso foguetão de 4 estágios, que representa um grande aumento de desempenho em comparação ao anterior. Este tem a capacidade de transportar até 2,2 toneladas de carga, um aumento substancial às 1,5 toneladas do modelo anterior, numa órbita polar até 700 quilómetros. Mas a sua capacidade de entregar cargas em diferentes órbitas, graças ao aumento da capacidade do propelente líquido, garantia mais tempo de operações numa única missão.
Veja na galeria imagens do voo de teste inaugural do Vega C:
A nova configuração do foguetão de 34,8 m de altura - quase cinco metros mais alto do que o modelo Vega, também o transforma num lançador mais versátil, que pode orbitar satélites maiores, duas cargas principais ou acomodar vários arranjos para missões partilhadas. O seu voo inaugural de teste foi realizado com sucesso em julho deste ano.
A falha no foguetão deu-se no segundo estágio, no motor Zefiro 40, que foi construído pela AVIO, uma empresa italiana aeroespacial. Este era esperado manter-se ativo durante 93 segundos no voo do foguetão. O mergulho do foguetão deu-se nas Caraíbas, a cerca de 411 segundos depois da descolagem e restantes componentes a caírem em Barbados e Ilhas Virgens Britânicas.
Elon Musk comentou a declaração da ArianeSpace, lamentando o sucedido, dizendo “que é um sóbrio lembrete da dificuldade dos voos espaciais orbitais”.
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