
A Blue Ghost Mission 1, da Firefly Aerospace, terminou com sucesso no dia 16 de março, após 14 dias de operação, marcando um marco importante para a exploração lunar.
Durante este tempo, o módulo de aterragem da Firefly, parte da iniciativa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA, transportou 10 instrumentos científicos e tecnológicos até Mare Crisium, na face visível da Lua. Os dados recolhidos e as imagens captadas, incluindo um eclipse solar total e um pôr do sol lunar, oferecem informações valiosas para futuras missões, particularmente as do programa Artemis.
Durante a missão, os 10 instrumentos foram ativados com êxito e realizaram várias operações que abriram novos caminhos para a exploração do satélite natural da Terra. No total, foram transmitidos 119 gigabytes de dados para a Terra, com 51 gigabytes desses dados focados na ciência e na tecnologia.
Entre as principais realizações, destaca-se o Lunar Instrumentation for Subsurface Thermal Exploration with Rapidity (LISTER), que fez medições térmicas robóticas em profundidades inéditas, alcançando até 90 centímetros abaixo da superfície lunar. Este feito é um grande avanço na exploração do subsolo da Lua.
Outro destaque foi o Lunar GNSS Receiver Experiment (LuGRE), que testou pela primeira vez sinais de sistemas de navegação por satélite, como GPS e Galileo, na Lua. Esta experiência representa um passo crucial para a navegação em futuras missões lunares, como as planeadas pelo programa Artemis, e até mesmo para a exploração de Marte.
Além disso, o Radiation Tolerant Computer, que foi submetido à radiação durante a viagem e na superfície lunar, provou ser capaz de resistir a condições extremas, oferecendo soluções importantes para proteger os equipamentos em missões espaciais no futuro.
Veja algumas das imagens registadas pela Blue Ghost na Lua
A missão também trouxe inovações no que diz respeito ao controlo da poeira lunar. O Electrodynamic Dust Shield, um dispositivo que utiliza forças eletrodinâmicas para remover poeira lunar das superfícies, foi um grande sucesso, mostrando uma abordagem promissora para mitigar um dos maiores desafios das operações na superfície lunar, refere a NASA.
Outro dispositivo importante foi o Lunar Magnetotelluric Sounder, que permitiu estudar o interior da Lua, medindo campos magnéticos e elétricos a grandes profundidades, fornecendo dados sobre a estrutura interna do satélite.
Além dos avanços científicos, a missão foi um marco para a colaboração entre a NASA e empresas privadas, demonstrando o papel crescente da indústria privada na exploração espacial.
O sucesso da missão também deixou claro o potencial de empresas como a Firefly Aerospace, que continuam a impulsionar a economia lunar, estabelecendo as bases para futuras operações na Lua e em outros planetas, refere a NASA.
“O impacto dos dados recolhidos será crucial para o planeamento de futuras missões tripuladas, permitindo à NASA e aos seus parceiros melhor compreender o ambiente lunar e adaptar-se às condições desafiadoras do espaço”, nota a agência espacial norte-americana.
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