
A rede Starlink da SpaceX é a principal rede no fornecimento global de serviços de internet via satélite, com o objetivo de chegar a todos os pontos do planeta, mesmo nos locais mais inóspitos, sem cobertura convencional. Mas o seu domínio pode estar prestes a terminar com a entrada no mercado de dois rivais de peso.
O primeiro é a SpaceSail, uma empresa de Xangai, com financiamento estatal chinês, que no último mês de novembro chegou a acordo para entrar no Brasil. A empresa diz que se encontra atualmente em negociações com cerca de 30 países e já está a operar no Cazaquistão, avança a Reuters. O segundo concorrente é Project Kuiper da Amazon. A empresa está a negociar com a operadora canadiana Telesat, refere fonte do Brasil envolvido nas negociações, segundo a agência noticiosa.
Estes serviços, como a Starlink que opera desde 2020, estacionam os satélites na órbita baixa terrestre (LEO na sigla inglesa) numa altitude abaixo dos 2.000 quilómetros do planeta. A empresa de Elon Musk já lançou mais satélites que todas as outras empresas somadas e tem ajudado a levar rede a comunidades remotas, aos navios no mar e até aos soldados em tempo guerra, como aconteceu na Ucrânia. A Starlink conta desde 2022 com uma cobertura global dos seus satélites.
A China tem vindo a investir fortemente na sua constelação de satélites e lançou 263 satélites LEO durante o ano passado, como se pode ver num gráfico partilhado por Jonathan McDowell da Alalysys Mason. O esquema mostra como a China tem vindo a acelerar o lançamento de satélites, embora atrás da Europa e sobretudo os Estados Unidos.

A chegada de novas empresas de comunicações de satélite ao Brasil é bem-vista pelo governo, sobretudo depois dos problemas das empresas de Elon Musk no país, onde o tribunal mandou bloquear a redes social X, mas a Starlink recusou.
De recordar em que em 2022, a Amazon fechou parcerias com a Arianespace, a United Launch Alliance e com a Blue Origin para 83 lançamentos ao longo de um período de cinco anos, o que permitirá enviar para o Espaço a maioria dos 3.236 satélites da sua constelação Project Kuiper.
A SpaceSail espera lançar 648 satélites LEO este ano e até 2030 alcançar a marca dos 15 mil. Em comparação, a Startlink conta com 7,000 satélites atualmente no espaço e espera somar 42 mil até ao fim desta década. Ainda assim, a SpaceSail não é a única constelação chinesa em desenvolvimento. Existem três outras previstas e espera-se nas próximas décadas somarem 43 mil satélites lançados, mantendo-se ainda o investimento em foguetões para os transportar ao espaço, diz a Reuters. Existe uma clara corrida para ocupar o máximo de vagas orbitais possíveis.
Esta posição da China está a preocupar os reguladores ocidentais, devido à extensa presença nas redes via satélite, sabendo-se das políticas de censura do regime político chinês face à internet. Os investigadores chineses registaram 2.449 patentes relacionadas com a tecnologia de satélites LEO em 2023, num aumento de 162 face a 2019. Muitas das patentes estão relacionadas com melhores custos e eficiência das redes de satélite, outras dedicadas a baixa latência no sistema de comunicações. A Reuters aponta ainda que Pequim está a desenvolver ferramentas para rastrear e monitorizar a constelação Starlink.
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