Um conjunto de investigadores descobriu um conjunto de falhas geológicas submarinas outrora desconhecidas na costa da Califórnia através de uma experiência com cabos de fibra ótica instalados na zona. Ao longo da sua análise, os cientistas da Universidade da Califórnia e de Rice, no Texas, e do Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI) conseguiram registar um sismo de magnitude 3,5 na escala de Richter.
Segundo com o estudo publicado pelos autores na revista científica Science, os cientistas transformaram uma extensão de 20 quilómetros de cabos que não estavam a ser utilizados no equivalente a 10.000 estações sísmicas. O método utilizado recorreu a sensores de deteção acústica distribuída, os quais enviam lasers pulsados de forma a encontrar variações de densidade nos fios de fibra ótica, para obter mais informação acerca da topografia submarina.
De acordo com Nate Lindsey, um dos autores do estudo, citado em comunicado da Universidade da Califórnia, o domínio da sismologia que estuda os fenómenos do fundo do mar tem uma notória dificuldade em conseguir dados, uma vez que existem muito poucas estações sísmicas submarinas. O novo método poderá então permitir estudos mais aprofundados na área ao mesmo tempo que se reutilizam infraestruturas que já não estão em uso.
Embora ainda esteja numa fase de experimentação, o método poderá também ajudar cientistas a determinar a estrutura tectónica de zonas submarinas com muita atividade sísmica, de forma a prevenir possíveis incidentes futuros. A equipa de investigadores espera poder continuar a avançar ao longo dos cabos de fibra ótica na zona, pois acreditam que o refinar do método desenvolvido poderá levar a mais descobertas científicas.
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