Se aprecia a observação de astros espaciais, fique a saber que o cometa C/2023 A3, conhecido como Tsuchinshan–ATLAS vai fazer uma visita a este lado do Sistema Solar. Considerado o “Cometa do Século, por ter viajado por dezenas de milhares de anos através do Sistema Solar, este vai ser observável ao longo de várias semanas. Mais concretamente entre o dia 27 de setembro até à última semana de outubro, sendo que o seu ponto mais brilhante está previsto para o dia 2 de outubro.
Os cientistas referem que a cauda do cometa será longa e espetacular durante o seu pico, pela proximidade do Sol. As suas características já são comparadas ao cometa Halley em 1986 e o Neowise em 2020. Certamente que vai ter oportunidade de captar ou ver fotos incríveis do cometa.
Como refere a Wired, este tipo de cometas são bolas de gases congelados misturados com rochas e pó que orbitam o sol. O seu visual é caracterizado pela cauda esticada desde o seu núcleo, quanto mais próxima se encontra do Sol. O calor vaporiza algum desse material congelado, faz explodir o gás, espalhando o pó e com a radiação solar cria-se o efeito mágico que caracteriza os cometas.
Veja na galeria imagens do Tsuchinshan–ATLAS:
Outro fenómeno apontado é o seu brilho, pelo gelo que se forma em torno do cometa, como se fosse uma espécie de atmosfera à volta do núcleo. Quando se aproxima do Sol, a radiação solar aumenta o seu brilho. Depois de uma visita que dura algumas semanas, na última de outubro este alcança a distância mínima do sol antes de iniciar a jornada para fora do sistema solar.
A aproximação ao sol faz com que o cometa tenha um comportamento semelhante a Mercúrio e Vénus. Será observado no horizonte na direção ao Sol, um pouco antes do nascer. Aponta-se uma janela ideal para o observar entre as 5 e as 7 da manhã a partir do dia 27 de setembro. Com sorte, poderá ser possível observar o cometa a olho nu, mas deverá procurar locais sem elevada poluição luminosa, tais comos as cidades, assim como zonas elevadas.
O que acontece se perder esta oportunidade? Pode dizer adeus para “sempre”, pois não será visível nos nossos céus em menos de algumas dezenas de milhares de anos. Mas há uma teoria que este cometa está “velho”, ou melhor, num avançado estado de fragmentação. A teoria é do astrónomo e especialista em cometas, Dr. Zdeněk Sekanina, publicada em julho num estudo sobre o seu final trágico. A Space.com aponta teorias contrárias, aparentando não ter sinais de desintegração, pelo menos num futuro próximo.
O cometa foi observado pela primeira vez pelo observatório chinês Purple Mountain em 9 de janeiro de 2023 e depois de forma independente a 22 de fevereiro pelo Asteroid Terrestrial-Impact Last Alert System (ATLAS).
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