No passado dia 21 de maio, a Starliner da Boeing Space fez história, ao atracar pela primeira vez na Estação Espacial Internacional. A viagem demorou cerca de 24 horas e serviu de teste à capacidade de transportar astronautas para o espaço. Apesar de não ter ficado isento de problemas, este foi um passo imprescindível para tornar a Starliner mais uma solução viável de transporte comercial, tal como a SpaceX já o faz há algum tempo com a sua nave Crew Dragon.

A cápsula Starliner tem cerca de 5 metros de altura e é capaz de transportar uma tripulação de até sete pessoas. Para dar a conhecer melhor o seu interior, o astronauta da NASA, Bob Hines, partilhou um pequeno vídeo de como é viajar na cápsula. Um dos aspetos focados foi o manequim Rosie, sentada na cadeira de controlo, que “liderou” a viagem não-tripulada.

O manequim está equipado com tecnologia de sensores Laden para ajudar os investigadores a compreender a performance da cápsula durante a viagem, assim como os efeitos no corpo humano. “Ela tem uma vista incrível da sua janela, mas há mais dois lugares semelhantes aqui, assim como muito espaço para carga também”, salientou o astronauta. Para esta missão, a cápsula transportou cerca de 227 kg de carga para a ISS.

A Starliner vai permanecer atracada na ISS entre cinco a 10 dias antes de regressar à Terra, prevendo-se uma descida assistida por para-quedas no Novo México. A cápsula será depois analisada pela NASA e Boeing antes de avaliar se o seu voo foi bem-sucedido para dar inicio aos testes tripulados. A cápsula é descrita como capaz de ser utilizada até 10 missões. À semelhança da Crew Dragon, a cápsula tem internet wireless e interfaces em forma de tablet para a tripulação a bordo.

Veja na galeria imagens da chegada da Starliner à ISS:

Apesar da missão bem-sucedida no voo para a ISS, falta agora o derradeiro teste do regresso, em que a Starliner ainda terá de enfrentar as forças extremas da reentrada na atmosfera da Terra. Esta foi a terceira tentativa de teste de voo da cápsula, depois de duas tentativas falhadas, em 2019 e novamente no verão do ano passado.