Janeiro é um mês de novos começos, tanto na Terra como no Espaço. Enquanto muitos traçam metas para melhorar a saúde ou adquirir novas competências, na Estação Espacial Internacional (ISS) enfrentam-se desafios únicos para manter o corpo e a mente em forma.
Para os astronautas, o início de um novo ano significa a continuidade de estudos rigorosos sobre como o espaço afeta o corpo humano e como superar esses efeitos para garantir o sucesso de futuras missões.
No centro dessas investigações está o estudo da saúde cardiovascular, conduzido pela Agência Espacial Canadiana (CSA). O projeto “Space Health” usa o bio-monitor, sensores vestíveis que captam dados como o ritmo cardíaco, pressão arterial e temperatura da pele. Esta tecnologia não só promete melhorar a monitorização da saúde em missões longas, como também pode vir a contribuir para revolucionar os cuidados cardíacos na Terra.
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Manter os músculos em forma é outro desafio. Em gravidade zero, os astronautas perdem massa e força muscular, mesmo com exercícios diários. A investigação Myotones, da Agência Espacial Europeia (ESA), oferece uma solução inovadora nesse sentido: um dispositivo pequeno e não invasivo capaz de medir a rigidez muscular em pleno “voo” espacial. Os dados revelam que os atuais programas de exercício funcionam, mas o verdadeiro trunfo será personalizar os treinos em tempo real – um avanço que pode beneficiar desde atletas até pacientes em locais remotos.
A mente também enfrenta as suas próprias adversidades. Sob a influência de radiação, microgravidade e horários de sono interrompidos, os astronautas mostram leves alterações na memória, atenção e velocidade de resposta durante missões de seis meses. Estudos recentes sugerem que simulações de tarefas logo após o regresso podem acelerar a recuperação destas capacidades, fundamentais para missões complexas.
Até a perceção sensorial está sob análise. O estudo VECTION descobriu que a microgravidade não afeta imediatamente a capacidade de calcular alturas e distâncias, mas mudanças subtis e tardias podem surgir. Estar ciente desses possíveis efeitos é vital para futuras viagens à Lua e a Marte.
Em 2024, ainda antes do início dos Jogos Olímpicos, os astronautas na Estação Espacial organizam os seus próprios Jogos Olímpicos em gravidade zero e mostraram as suas capacidades atléticas em órbita.
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