A nova missão foi batizada como Dione, em homenagem à antiga deusa grega dos oráculos, e tem por base quatro satélites miniaturizados, que integram diferentes instrumentos.
O objetivo é estudar a forma como as camadas atmosféricas superiores da Terra reagem ao fluxo, em constante mudança, de energia solar na magnetosfera - a bolha envolvente do campo magnético ao redor da Terra que desvia a maioria das partículas emitidas pelo Sol.
Com lançamento previsto para 2022, a nova missão vai ajudar os cientistas a entenderem essas reações, que por sua vez influenciam o que se chama de “arrasto atmosférico”, um processo que faz com que satélites com baixa órbita da Terra reintegrem prematuramente a atmosfera. Além disso, a missão também fornecerá dados importantes para melhorar as previsões relativamente ao clima espacial.
A NASA sublinha que a atmosfera superior da Terra é onde reside a maioria dos satélites lançados com órbita baixa, que acabam por ser fortemente afetadas pelas mudanças repentinas de densidade criadas pelo clima espacial.
"À medida que mais aspectos da vida quotidiana dependem do funcionamento previsível dos satélites em órbita baixa da Terra, o entendimento e a capacidade de prever o impacto do clima espacial nesses ativos transformaram-se numa necessidade de segurança nacional", disse o investigador responsável pela missão, Eftyhia Zesta, cientista no Goddard Space Flight Center da NASA.
“As medições tradicionalmente recolhidas por satélites maiores e mais caros agora devem ser realizadas pensando fora da caixa - ou melhor, dentro de uma caixa CubeSat. Dione abrirá caminho para realizar exatamente isso”, acrescentou Eftyhia Zesta.
Entre os instrumentos que os CubeSat da missão Dione vão integrar estão um magnetómetro, um espectrómetro de massa neutra e iónica (INMS) e um analisador eletrostático duplo. A NASA explica o que cada um deles está destinado a apurar.
Os minissatélites são um recurso cada vez mais utilizado, já que, apesar das suas reduzidas dimensões, conseguem desempenhar uma variedade de funções, com menos recursos e custos envolvidos. Veja alguns dos que já foram lançados “pelos ares”.
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