No passado mês de julho deu-se uma partida falsa do Chandrayaan-2, a missão espacial à Lua do governo indiano, com o cancelamento da descolagem com menos de uma hora do tempo previsto. A missão foi retomada no dia 22 de julho, com uma nova oportunidade de lançamento bem-sucedida, a bordo do foguetão indiano GSLV MK-III. O Departamento Indiano do Espaço avança agora com o comunicado de que o veículo já está na órbita lunar, preparando-se para a próxima fase de alunagem.
A missão, considerada a mais ambiciosa da Índia, consiste no lançamento de uma nave de 3,8 toneladas, para transportar um rover chamado Pragyan de exploração da superfície lunar e um lander designado por Vikram para garantir que a máquina chegue segura ao solo. Prevê-se que durante a sua vida útil (de cerca de duas semanas), a pequena máquina percorra cerca de 500 metros, comunicando com um módulo que irá estar em órbita durante um ano.
Caso consiga ser bem-sucedida, a Índia torna-se o quarto país a fazer uma alunagem, depois da Rússia, Estados Unidos e China. Além disso, poderá ser a primeira missão a chegar ao polo sul da Lua, uma área pouco explorada do satélite. A primeira missão lunar da Índia aconteceu em 2008 e ajudou a confirmar a presença de água na Lua, embora não tenha aterrado na superfície da Lua. Se tudo correr como planeado com o Chandrayaan-2, a Índia pretende lançar uma missão tripulada à Lua em 2022.
A chegada do lander Vikram ao solo lunar está previsto para o dia 7 de setembro. Durante as próximas semanas, a nave que carrega os veículos irá continuar a fazer a aproximação à Lua, diminuindo a sua altitude, disparando os seus propulsores.
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