Foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros uma resolução que autoriza a Fundação para a Ciência e Tecnologia a realizar a despesa para assegurar a quarta fase das parcerias com três universidades americanas: CMU-Portugal, MIT-Portugal e UT Austin-Portugal
A quarta fase das parcerias vai decorrer entre 2025 e 2030 e junta ao leque um novo acordo, com a Universidade de Berkeley. Como explica o comunicado do Conselho de Ministros, esta quarta fase “desenvolver-se-á de forma alinhada com as áreas prioritárias definidas pela União Europeia”, com especial foco naquelas “em que Portugal participa mais ativamente”. As atividades vão estar focadas em iniciativas que ajudem a “reforçar e alavancar a posição e o impacto nacionais na agenda europeia”.
Esta semana a FCT já tinha publicado os resultados de uma avaliação encomendada no início do ano sobre o impacto das parcerias internacionais, um tema que gerou polémica no final do ano passado, quando terminou o prazo previsto para a terceira fase do acordo. Na altura, a ministra com a tutela da ciência, Elvira Fortunato, mostrou intenção de terminar os acordos, ou alterá-los significativamente, e levantou-se um coro de críticas e outro de aplausos. Com o Governo em fim de funções na altura, a decisão sobre a continuidade acabaria por ser adiada para 2024.
Avaliação dá nota positiva às parcerias internacionais
Na avaliação independente pedida pela FCT, concluiu-se que o impacto das parcerias foi positivo e recomenda-se que os acordos continuem “mantendo pelo menos 3% da dotação orçamental da FCT para sustentar os impactos a longo prazo”. A avaliação também sugere mais programas de doutoramento de grau dual, mais e mais claras métricas de avaliação de impacto, o relançamento da UTEN e o reforço do financiamento ao ecossistema de startups apoiado por esta via. No total foram lançadas 13 recomendações.
“Na perspetiva portuguesa, a colaboração teve um impacto transformador positivo no no reforço das capacidades de investigação e na promoção de atualizações organizacionais no ecossistema nacional de I&D nacional”, defende o relatório.
“A nível individual, as parcerias foram eficazes na promoção do trabalho de investigação e no desenvolvimento de competências, nomeadamente através de formação e de períodos de investigação de curta duração nos EUA”.
O documento também salienta que a “colaboração em grupo criou laços de longo prazo entre instituições portuguesas, universidades americanas e empresas” e oportunidades para estes atores de se envolverem em “projetos complexos que teriam sido difíceis de realizar de forma autónoma.
Além do impacto na investigação, formação e aproximação entre academia e empresas é também sublinhado no relatório o impacto da colaboração no ecossistema português de startups. “Os programas tiveram um papel notável na promoção de start-ups e spinoffs, através de mecanismos diretos e indiretos, nos quais as iniciativas UTEN tiveram um papel particularmente importante”.
Também se refere neste Estudo de Avaliação e Análise de Impacto das Parcerias Internacionais que a “colaboração com universidades americanas reforçou a credibilidade internacional dos participantes e facilitou o acesso a um mercado vasto e sofisticado”, bem como a capital de risco.
As parcerias com três universidades americanas foram lançadas há 18 anos, por Mariano Gago, à data ministro da ciência.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Indiana Jones regressa de chicote para nova aventura em videojogo. Qual é o enigma do grande círculo? -
App do dia
Google Maps torna-se guia local e indica "pérolas" escondidas nas suas viagens -
Site do dia
GOG tem novo programa de preservação de videojogos -
How to TEK
Saiba como definir o tempo limite que as crianças podem jogar Fortnite
Comentários