No passado dia 9 de janeiro, a Virgin Orbit deu início àquela que seria a sua primeira missão espacial com partida do Reino Unido. Deu início, mas não concluiu a missão, devido a um problema durante a fase de ascensão do rocket.

A investigação ao caso continua, mas o CEO da empresa já revelou que a origem da falha pode estar numa peça que custa 100 dólares (93 euros). Dan Hart, falava num simpósio na Califórnia quando abordou o tema. "Tudo aponta, neste momento, para um filtro que sem dúvida estava lá quando montámos o foguetão, mas já não estava quando o motor do segundo estágio arrancou, o que significa que se moveu causando problemas a montante”, cita o site Space News.

"Foi assim que uma peça de 100 dólares nos tramou", acrescentou ainda o responsável. Mesmo sem a investigação concluída, Hart assegurou que o tipo de filtro em questão não voltará a ser usado e que a empresa já está à procura de soluções alternativas para a função.

A Virgin Orbit garantiu logo depois do incidente que ia preparar uma nova missão e Hart confirmou neste encontro que, nas próximas semanas, a empresa terá novidades para partilhar sobre o assunto. O responsável não referiu uma possível data para a conclusão da investigação em curso ao incidente de janeiro no Reino Unido.

O próximo voo de um LauncherOne voltará a ser realizado a partir do Porto Espacial e Aéreo de Mojave, na Califórnia, onde a empresa britânica já tinha feito os quatro anteriores. Na agenda continua a intenção de fazer um lançamento no Reino Unido, mas ainda sem nova data.

Clique nas imagens para recordar a missão Start Me Up

A missão Start Me Up, de 9 de janeiro, iniciou normalmente. Na altura da separação do primeiro e segundo estágio do foguetão, que ocorreu a uma altitude aproximada de 180 km algo correu mal e os motores do segundo estágio desligaram-se prematuramente. A missão teve ser abortada, sem que fosse possível colocar em órbita a carga transportada.

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Neste primeiro lançamento do Reino Unido, a Virgin transportava satélites de sete clientes, incluindo cargas comerciais e governamentais de vários países, entre eles o primeiro satélite construído no País de Gales, o primeiro satélite desenvolvido em Omã e o equipamento de uma missão colaborativa, entre o Reino Unido e os Estados Unidos.

O sistema da Virgin é composto pelo foguetão LauncherOne e pela aeronave Cosmic Girl, que transporta o LauncherOne até à altitude certa, para que este siga depois a rota planeada até ao espaço. O Boeing 747 modificado, que posiciona o foguetão, regressou a Terra em segurança. A carga não teve o mesmo fim.

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