A portuguesa GEOSAT - Global Earth Observation Satellites adquiriu dois satélites de observação da Terra de média e alta resolução, tornando-se na primeira empresa portuguesa a deter este tipo de ativos e num dos maiores operadores europeus de satélites. 

A operação, implica um investimento de 20 milhões de euros a cinco anos e coloca a empresa no “clube restrito dos operadores privados de satélites de muito-alta resolução (submétrica)”, explica um comunicado. A mesma nota destaca que a Geosat torna-se assim na “primeira empresa portuguesa a deter e operar satélites de observação da Terra, catapultando o sector espacial nacional para uma nova fase da sua história e abrindo um novo leque de oportunidades associadas à exploração de dados espaciais, à promoção de aplicações e de serviços downstream". 

A Geosat nasceu em fevereiro de 2021. É controlada pela Omnidea, que detém 55% do capital, pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), que é dono de 35% da empresa e pelo AIR Centre  - Centro Internacional de Investigação do Atlântico(10%). Integra atualmente uma equipa de cerca de 50 pessoas, que se dedicam à operação e processamento de imagens de satélite, um mercado em franca expansão. A aquisição dos dois satélites foi feita à canadiana Urthecast, que faliu. 

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Citado no comunicado, Tiago Pardal, CEO da Omnidea, explica que os dois satélites vão “alavancar novas oportunidades de negócio ao longo da sua vida útil e abrir caminho para a criação de uma nova geração de satélites de alta resolução focada no Atlântico e noutros mercados de observação da Terra".

Recorde-se que o reforço da oferta de serviços de observação da Terra é uma das grandes metas da Europa e de Portugal para os próximos anos, sendo aliás um dos pilares da estratégia nacional para o Espaço. Um dos projetos emblemáticos nesta área é o lançamento de um Constelação Atlântica de satélites até 2025, uma iniciativa internacional que já tem a colaboração garantida de várias empresas portuguesas e é coordenada precisamente pelo Air Centre, a partir da ilha Terceira, nos Açores. 

Entre os projetos nacionais que vão integrar a plataforma estão, por exemplo, os satélites Infante (liderado pela Tekever), Magal (Efacec) e AEROS (Edisoft), a plataforma de integração de dados de satélites e outras fontes ASTRIIS (Tekever), o veículo suborbital reutilizável Viriato (Omnidea) ou o projeto Caravela (Tekever), que está a desenvolver estruturas para micro-lançadores.  

No comunicado que anuncia este novo negócio Miguel Belló, CEO do AIR Centre, explica que a «entrada em operação da GEOSAT permitirá a Portugal acelerar a concretização da estratégia nacional para o Espaço e para o Atlântico, reforçando a cadeia de valor para a futura Constelação do Atlântico e criando novas oportunidades para toda a base tecnológica e industrial portuguesa e da rede do AIR Centre”.

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